Você sabia que o Rosário nasceu de um antigo costume dos cristãos iletrados que rezavam pais-nossos no lugar dos 150 Salmos - Saltério - como faziam os religiosos nos Mosteiros? Na sua estrutura atual, o Rosário tem cerca de 500 anos, mas o Saltério da Bem Aventurada Virgem Maria, do qual ele nasceu, tem origens muito mais antigas relacionadas com o surgimento dos frades franciscanos e dominicanos, no século XII.
Com o passar do tempo, a recitação dos 150 Salmos do saltério bíblico foi substituída pela recitação de 150 Ave-Marias, divididas em três grupos de cinqüenta, recaindo nas mesmas horas da liturgia do Ofício Divino celebrada pelos monges. Mais tarde, esta forma de oração passa a ser usada também pelos leigos devotos, que assim se ligavam à oração oficial dos religiosos nos mosteiros e conventos. Assim nasceu, entre os dominicanos, o Rosário, com 150 Ave-Marias. No século XV, pelas mesmas razões, os franciscanos criaram a Coroa Seráfica, uma oração muito parecida, mas com estrutura ligeiramente diferente em honra das sete alegrias da Bem Aventurada Virgem Maria.
Foi um Papa dominicano, Pio V, no século XVI, quem deu ao Rosário a sua forma atual. Desde então, o ROSÁRIO apresenta-se com um conjunto de 165 contas, correspondentes ao número de quinze dezenas de ave-marias e quinze pais-nossos para serem rezados como prática religiosa, entremeado da contemplação dos mistérios da vida, paixão, morte e ressurreição de CRISTO, chamados mistérios da glória, mistérios da alegria e mistérios da dor, sempre relacionando essa caminhada com a de Maria, a mãe de Jesus. No Brasil, esta forma de oração é chamada de terço, pelo costume de se rezar a cada dia, a terça parte do Rosário. O papa João Paulo II, em outubro de 2002, propôs para os cristãos a inclusão de uma nova categoria de mistérios, os cinco mistérios da luz - uma meditação sobre aspectos da vida pública de Cristo.
E finalmente, o Rosário ainda tem suas origens no antiqüíssimo costume de fazer pequenas orações, na forma de repetição, nos dedos da mão, por meio de pedrinhas, grãos ou ossinhos, soltos ou unidos por um barbante, utilizado por fiéis de muitas religiões. Hoje, ainda, pela prática do terço bizantino, se difunde o costume de utilizar as contas do terço para uma forma de oração pela repetição de frases bíblicas, particularmente versículos de Salmos, ou clamando o nome de Jesus, na forma de adoração.
FONTE : http://web.sercomtel.com.br/paulo_oliveira/origem.html
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