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sexta-feira, 11 de abril de 2014

VIA SACRA PARA CRIANÇAS - JESUS CRISTO !



SUGESTÃO DE CRIAR A CARTILHA DA VIA SACRA - MODELO :


FONTE : https://www.google.com.br/search?tbm=isch&sa=1&q=imagens+da+via+sacra+em+preto+e+branco+PARA+CRIANCAS&oq=imagens+da+via+sacra+em+preto+e+branco+PARA+CRIANCAS&gs_l=img.3...2819869.2823257.0.2824162.14.14.0.0.0.0.276.1921.7j2j5.14.0....0...1c.1.40.img..14.0.0.CoLuCWTHORk&biw=1024&bih=496&dpr=1.25&cad=cbv&sei=cN5HU-T8EYa10AGw1oHwBA#imgdii=_

VIA SACRA - JESUS CRISTO - SEMANA SANTA ! (ADULTOS)

      



                                                                                      

terça-feira, 25 de março de 2014

O PAPA - IGREJA CATÓLICA - CATEQUESE - RENUNCIA

Entenda o que acontece com Bento XVI após renunciar ao comando da Igreja Católica




O Papa Bento XVI deixa na próxima quinta-feira (28) o comando da Igreja Católica. Afasta-se do pontificado, mas não deixa para sempre o Vaticano. Apesar de o Direito Canônico prever a renúncia do pontífice, o fato de a história recente do catolicismo não ter vivenciado situação parecida deixa em suspenso detalhes que vão desde como Bento XVI será chamado, até como ele deverá se vestir.

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Já é certo que após oito anos à frente da hierarquia de uma das religiões com mais seguidores no mundo, Bento XVI deve se dedicar a viver em “contemplação e meditação” nas dependências da Santa Sé, em um regime voluntário em que aparições públicas serão mais raras.

Moradia

Às 17 horas do dia 28 de fevereiro, no horário de Roma, Bento XVI segue de helicóptero até a residência papal oficial de verão em Castelgandolfo, que fica cerca de 30km ao sul da capital italiana. Essa será sua residência provisória até que o mosteiro Mater Ecclesiae seja reformado.

O Mater Ecclesiae é o único mosteiro existente no Vaticano. Foi planejado por João Paulo II em 1992 como um local destinado aos que querem passar a vida em oração e contemplação.

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, garantiu em declarações à imprensa que Bento XVI não terá nenhuma influência sobre o próximo conclave – reunião de cardeais que escolherá o seu sucessor.

Nome

Bento XVI voltará a ser conhecido por seu nome original, Joseph Ratzinger? Essa também é uma pergunta ainda sem resposta. Alguns acham que ele continuará a ser chamado de Bento XVI em respeito à posição que já ocupou. Para Federico Lombardi, é improvável que ele continue a usar o título de cardeal, mas Bispo Emérito de Roma seria uma opção.

Anel de São Pedro

O Anel de São Pedro é parte oficial do vestuário de um Papa. O acessório, único para cada pontífice, é feito de ouro e apresenta o desenho de um pescador. A imagem gravada faz alusão a São Pedro, discípulo de Jesus.

Na cerimônia oficial de renúncia, o carmelengo – administrador do Vaticano – destrói o anel com um martelo. O mesmo será fundido para a confecção de outro anel para o novo Papa.

Princípio da Infabilidade

A condição de infabilidade é o princípio aplicado a um Papa que o investe de poder para decidir sobre os assuntos relacionados a fé e moral da Igreja Católica Romana. Nesse caso, quando o Papa aplica o seu poder de infabilidade não há presunção de erro. Ao renunciar, Bento XVI perde tal princípio.

* Edição: Priscila Ferreira
http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2013/02/entenda-o-que-acontece-com-bento-xvi-apos-renunciar-ao-comando-da-igreja-catolica

VESTE LITURGICA -ALGUNS MODELOS



fonte :
http://www.padrefelix.com.br/lit_cores.htm

DICIONARIO BASICO DO CATEQUISTA - RESUMO



AARÃO
Membro da tribo de Levi, irmão de Moisés e de Maria (Ex 4,14; 15,20). Foi um notável colaborador de Moisés (17,8-15; 24,1-11), seu porta-voz perante os israelitas e o Faraó (4,14-16.27-30; 5,1-5). Foi pecador, por isso seu sacerdócio foi caduco (32,1-6.25-29; Nm. 12,1-13; At. 7,39-41; Hb. 7,11-14). A tradição sacerdotal vê nele o primeiro Sumo Sacerdote (Ex. 29,1-30) e o antepassado da classe sacerdotal (28,1; Lv. 1,5). Dentro da tribo de Levi, Aarão e seus descendentes concentram em si o sacerdócio (Lv. 13-14; Nm. 18,1-28; Ex. 30,19-20). No NT o sacerdócio de Cristo é considerado mais perfeito que o de Aarão (Hb. 7,11.23-27).
ABADOM
heb. Destruição, Morte.
Em Jó.26:6; Jó.28:23; Jó.31:12; Sl.81:11; Pv.15:11 é traduzido como perdição, morte, destruição ou abismo.
Em Ap.9:11 refere-se ao anjo do abismo, gr. Apoliom.
ABEL
Segundo filho de Adão e Eva. Era pastor e de seu rebanho oferecia sacrifícios agradáveis a Deus. Seu irmão Caim, que era agricultor, construtor de cidades (Gn. 4,17) e pai da civilização (4,22), o assassinou por inveja (4,2-8). Por causa de sua fé e justiça Abel tornou-se modelo do mártir cristão (Hb. 11,4; 1Jo 3,12). Seu sangue lembra o sangue purificador do justo Jesus (Hb. 12,24; Mt. 23,35).
ABIRAM
Era membro da tribo de Rúben. Com seu irmão Datã e o apoio de Coré, revoltou-se contra a liderança de Moisés e os privilégios do sacerdócio de Aarão. Mas foram punidos por Deus e tragados pela terra (Nm. 16,1-40; Sl. 106,16-18).
ABOMINAÇÃO DA DESOLAÇÃO
Nome desonroso que os livros de Daniel e Macabeus usam para designar o altar pagão que Antíoco Epífanes (168 aC) mandou erigir no templo de Jerusalém em homenagem a Baal Chamem (Senhor dos Céus), equivalente aramaico de Zeus Olímpico (cf. 1Mc. 1,54; Dn. 11,31 e nota). No NT o termo caracteriza a atividade blasfemadora do Anticristo antes da segunda vinda de Cristo (2Ts 2,3-8; Lc. 21,14.20).
ABRAÃO
É o mais antigo dos patriarcas e antepassado do povo de Israel (Gn. 11 – 25). Atendendo à ordem de Deus, deixou Ur dos caldeus e, na primeira metade do segundo milênio a.C., emigrou para Canaã. Ali Deus fez com ele uma aliança, prometendo uma terra e uma grande descendência. Quando estava em idade avançada, Sara sua esposa lhe deu um filho, Isaac. Mas Deus o submeteu à prova pedindo que lhe sacrificasse o filho único. Justificado por sua fé (Gl. 3,6s; Rm. 4,1 - 13), Abraão tornou-se um modelo de fé e o pai de todos os crentes (4,18-22; Hb. 11,8 - 19).
ACAIA
Província romana que compreende a parte central da atual Grécia (At. 18,12.27), onde Paulo pregou o Evangelho durante a segunda e a terceira viagem missionária (At. 17-19).
ADÃO
É o nome do primeiro ser humano (Gn. 4,25 – 5,5), criado à imagem de Deus. Em hebraico adam significa “ser humano”, “gênero humano”, e adamah, “terra”. Este sentido coletivo do termo está presente no relato de Gn. 2–4. Mas os LXX e a Vulgata o interpretaram erroneamente como nome próprio, a partir de Gn. 2,19. Por sua origem o homem é terra (2,7) e, ao morrer, voltará a ser terra (3,19); enquanto vive deve cultivar a terra que é a sua morada (2,5; 3,17.23). Criado para viver no jardim do Éden, em companhia de Eva e na presença de Deus, Adão de lá foi expulso por causa de sua desobediência. Com esta desobediência o pecado e a morte entraram no mundo. Mas Cristo, o novo Adão, por sua obediência obteve a graça e a ressurreição de todos os homens (Rm. 5,12-21; 1Cor. 15,20-22.25-49). Ver as notas em Gn. 2,7 e 4,26.
ADOÇÃO
São raros os casos de adoção no AT. E são reservados aos filhos da concubina (Gn. 30,1-13; cf. 49,1-28). Colocar o filho sobre os joelhos era um rito de adoção (Gn. 48,1-13; 50,23; Rt. 4,16-17). O povo de Israel é o filho adotivo de Deus (Ex. 4,22s; Jr. 3,19; Os 11,1; Dt. 14,1; Rm. 9,4). Os profetas lembram a Javé sua paternidade (Is. 63,16-18; 64,7-9). O “nascer do alto”, mediante a água e o Espírito Santo, é o sinal da adoção divina (Jo. 3,3-7). Cristo resgatou os que estavam escravizados pela lei de Moisés e lhes deu uma adoção filial, que supera a jurídica, mediante o Espírito (Gl. 4,4-7; Rm. 8,14-29; 2Pd. 1,4). Devemos viver, portanto, como filhos de Deus (Fl. 2,15-16; 1Pd 1,13-17), deixar-nos corrigir por ele quando pecamos (Hb. 12,5-11) e a ele voltar como o filho pródigo (Lc. 15,11-32). Na oração devemos importuná-lo como a um pai (Mt. 6,7-15; 7,7-11). Ver “Batismo”.
ADORAÇÃO
Somente a Deus se deve adorar (Ex. 20,3-5; 2Rs. 17,36; Mt. 4,10; At. 10,25-26) e Jesus Cristo (Mt. 28,17; Fl. 2,9-11; Hb. 1,6). Ver “Culto”.
ADULTÉRIO
É toda relação sexual extraconjugal do homem ou da mulher casados. No AT, a mulher é considerada propriedade do marido e a virgem, antes do noivado, propriedade do pai. Por isso o adultério da mulher e a defloração duma virgem são um crime contra a lei e contra o direito da propriedade (Ex. 20,14; 22,15-16), punível com a morte (Dt. 22,22-29). O povo eleito, infiel a Deus, é comparável à mulher adúltera (Os. 1–3; Jr. 2–3; Ez. 16). Jesus condenou o adultério, até o simples desejo de cometê-lo (Mt. 5,27s; 19,3-9), mas perdoou à mulher adúltera (Jo. 8,1-11). O cristão é membro de Cristo, templo do Espírito Santo e vive uma vida nova na luz; por isso não deve profanar-se com o adultério e a fornicação (1Cor. 5; 6,12-19; Ef. 4,17–5,20). Ver “Divórcio”.
AGRIPA
São dois os personagens conhecidos por este nome:
1. Herodes Agripa I, neto de Herodes o Grande e Mariamne I. Nascido no ano 10 a.C, em 37 tornou-se tetrarca da Ituréia e Abilene; em 39, da Galiléia e Peréia; em 41, da Judéia e Samaria, e recebeu o título de rei. Em 44 morreu de repente em Cesaréia, após ter perseguido a comunidade cristã (At. 12,1 - 23).
2. Herodes Agripa II (27 - 29), filho de Agripa I. Em 53 tornou-se tetrarca da Ituréia e Abilene e, como tal, escutou a defesa de Paulo reconhecendo sua inocência (At. 25,13-26.32).
ÁGUA
Sendo a água indispensável para a vida dos homens (Ex. 23,25), animais (Gn. 24,11-20) e plantas (1Rs. 18,41-45), é vista como um dom salvífico de Deus. Ele a concede abundante aos que deseja salvar (Ex. 17,5s; Is. 12,5). Mas ela lhe serve também de instrumento de punição para os inimigos, como no dilúvio (Gn. 6–8) e no êxodo (Ex. 14–15).
Usada na limpeza física, a água serve também na purificação cultual (Ex. 30,17s; Lv. 16,4.24) e ritual (Nm. 19,11-22). Para os tempos escatológicos Deus promete derramar sobre o povo águas purificadoras, acompanhadas de seu Espírito (Ex. 36,25-27; Is. 44,3; Zc. 13,1s).
No NT João Batista se serve da água para o seu batismo de penitência (Mc. 1,8-11). O batismo cristão é fonte de regeneração e renovação do Espírito Santo (Tt. 3,5). Os que a ele se submetem são purificados de seus pecados e recebem o Espírito Santo (At. 2,38; 1Cor. 10,1s). Cristo promete fazer jorrar a água viva de seu Espírito para os que nele crêem.
ALELUIA
É uma exclamação litúrgica em Tb 13,22 e especialmente nos Salmos (Sl 111–112; 104–105; 115–117; 146–150). O termo significa “louvai ao Senhor”. É pois um convite do salmista para participar no alegre louvor de Deus, que passou para o uso da liturgia cristã.
ALIANÇA
Na época da monarquia de Israel (1030-587) a relação entre Deus e o povo passou a ser vista como um pacto de mútuo amor e fidelidade. Mas não como um pacto entre duas partes iguais, pois a iniciativa cabe unicamente a Deus. É ele quem escolhe gratuitamente Israel como seu povo. Em virtude desta eleição e aliança, Israel contrai obrigações.
O historiador sacerdotal (séc. VI a.C) descreve a história salvífica desde a criação até à época de Moisés como uma sucessão de alianças divinas. Após o dilúvio, Deus faz com Noé uma aliança de caráter universal, que tem como preceito a proibição de comer sangue (cf. Gn. 9,1-17 e nota). Após a dispersão de Babel, Deus faz aliança com Abraão, restringindo o seu plano salvífico aos descendentes do patriarca, que são obrigados a praticar a circuncisão (cf. Gn. 17,3-14 e nota). Esta aliança inclui a promessa de descendência e duma terra (Gn. 12,3-7; 15,1s; 22,16-18; 50,24; Sl. 105,8-11). Depois da opressão do Egito, Deus sela com Israel a aliança do Sinai (cf. Ex 24,3-8 e nota), por meio do rito de sangue. Assim Israel nasceu como povo livre (Lv. 26,42-45; Dt. 4,31; Eclo. 44,21-23) e comprometido em observar os mandamentos e a Lei (Ex. 20,1; 20,22–23,33 e nota; Dt. 5,1-21). Em contrapartida, Deus promete fazê-lo seu povo particular (Ex. 19,4-8) e cercá-lo com sua proteção (Dt. 11,22-25; 28,1-14).
Mas o povo foi muitas vezes infiel aos compromissos desta aliança. Os profetas denunciaram a infidelidade e anunciaram o exílio como castigo. Ao mesmo tempo, porém, prometeram uma nova aliança para os tempos messiânicos; ela será como um novo vínculo matrimonial entre Deus e Israel (Os. 2,20-24), e a Lei será inscrita nos corações humanos transformados (Jr. 31,33s; 32,37-41; Ez. 36,26s).
Esta aliança cumpriu-se com a vinda de Cristo e foi selada pelo seu próprio sangue (Mt. 26,28; Hb. 9,20; 1Cor. 11,25). Na nova aliança o pecado será apagado (Rm. 11,27), os corações humanos serão transformados pelo Espírito Santo (5,5) e Deus passará a habitar entre os homens (2Cor. 6,16).
Em grego o termo “aliança” significa também “ testamento”, ou última vontade que entra em vigor com a morte do testador. Por isso, a nova aliança inaugurada por Cristo é chamada também “Novo Testamento”, em contraposição com a antiga aliança ou “Antigo Testamento"(Hb. 9,16). Ver: Testemunho ou documento da aliança em Ex 25,16 e nota; o matrimônio como aliança em Ml. 2,14 e nota.
ALMA
Não é noção bíblica, mas grega. Ver “Carne”, “Homem”.
ALQUEIRE
Medida de cerca de nove litros.
ALTAR
Feito de terra ou de pedras (Ex. 20,24), o altar servia em geral para oferecer sacrifícios; ocasionalmente é um monumento que lembra experiências religiosas dos patriarcas (Gn. 12,8; 13,8; 26,25; 33,20). O altar tinha nos ângulos quatro pontas salientes, chamadas também “chifres”; elas simbolizavam o poder e a força de Deus (Ex. 27,2; 37,25). Um criminoso agarrando-se nelas poderia garantir para si o asilo (21,14; 1Rs. 1,50) e escapar à vingança de sangue. No templo havia o altar dos holocaustos e o altar do incenso.
No NT o altar perde sua importância, pois Cristo aboliu com seu sangue os sacrifícios cruentos do AT (Hb. 9,28). Em seu lugar ganhou importância a mesa, pois a eucaristia celebra a ceia do Senhor (1Cor. 11,20).
BAAL
Termo hebraico que significa “senhor”. É o nome do deus mais importante e mais popular da Síria, Fenícia e Canaã. Este deus era considerado o senhor do céu e, consequentemente, o deus da chuva, da vegetação e da fertilidade em geral. Seu culto sempre atraiu os israelitas (1Rs. 16,31-33; 18,20s), apesar de combatido pelos profetas (Jr. 2,23; 11,13; Ez. 6,4-6; Os. 13,1-6). Baal é também o nome genérico das divindades de Canaã (cf. Jz. 2,11 ).
BABEL
heb. Porta de Deus.
Primeira cidade mencionada depois do dilúvio, edificada na planície de Sinear, Gn.11:2-9;
Tencionavam construir uma torre altíssima, e estabelecer nela o centro do império do mundo Gn.11:4;
O castigo divino foi a confusão de línguas e o fracasso da obra, Gn.11:7-8;
Apesar de o povo ter sido disperso sobre a terra, existiu ali uma grande comunidade.
ver Babilônia.
BABILÔNIA
Ou “Babel”, é a capital da Babilônia. Babel significa “porta de Deus”. Mas a etimologia popular da narrativa da torre de Babel (cf. Gn. 11,1-9 e nota) deturpou o sentido para “confusão”. Para a Babilônia foram deportados os judeus ao ser destruída Jerusalém em 587 a.C (2Rs 25). Na literatura apocalíptica, Babilônia-Jerusalém se contrapõem como Anticristo-Cristo (Gn. 11,2-9 e At. 2,5-12). Babilônia é a cidade da técnica, Jerusalém da graça; Babilônia é a prostituta, Jerusalém, a esposa (Ap. 17,1-5; 19,2; 21,2). Esta Babilônia, nome simbólico de qualquer nação hostil a Deus, está constantemente em luta com a Igreja (Ap. 17,18; 1Pd. 5,13).
BALAÃO
Profeta pagão, muito famoso na Transjordânia (cf. Nm. 22,5 ), contratado pelo rei de Moab para amaldiçoar os israelitas, prestes a conquistar Canaã (Nm. 22-24). A narrativa popular mostra como Deus se serviu de uma mula para levar Balaão a abençoar Israel.
BARNABÉ
Apelido, que significa “filho da consolação”(At. 4,36), dado a José, um levita de Chipre, convertido ao cristianismo. Era um modelo de generosidade e vivia em Jerusalém. Foi ele quem acolheu Saulo, recém-convertido, e serviu de intermediário entre Saulo e os apóstolos (9,27). Foi companheiro de apostolado de Paulo até o concílio dos apóstolos (11,22-30; 13–14; 15,2-30; Gl. 2,1.9). A partir da segunda viagem separou-se de Paulo (At. 15,36-39), com quem voltou a colaborar mais tarde (1Cor. 9,6).
BARTOLOMEU
Nome de um dos doze apóstolos (Mt. 10,3; At. 1,13). Provavelmente deve ser identificado com Natanael (Jo. 1,45).
BATISMO
Banhos sacros de purificação de impurezas morais ou rituais, ou para conceder forças vitais, eram conhecidos por vários povos antigos. Na religião israelita a imersão na água era usada para a purificação da lepra curada (Lv. 14,8), para tirar a impureza sexual (15,16-18) ou resultante do contato com um cadáver (Nm. 19,19). Tal rito purificatório, aplicado aos prosélitos, tornou-se uma espécie de rito de iniciação do judaísmo, quase tão importante como a circuncisão. Semelhante ao batismo dos prosélitos é o batismo administrado por João Batista. Mas sua característica é o forte apelo à conversão moral, que prepara a vinda do Reino de Deus (Mc. 1,4). João Batista batiza apenas em água, sem o espírito. Por isso seu batismo é imperfeito (Mt. 3,11; At. 1,4s), o mesmo acontecendo com o batismo que os Doze administravam, antes do dom do Espírito (Jo. 4,1-2; 7,37-39).
O batismo cristão é considerado superior ao de João porque não é feito apenas com água, mas com o Espírito Santo (Mt. 3,11; Jo. 1,33; At. 1,5; 11,16). A associação água-espírito já aparece nos profetas (Ez. 36,25-26; Jl. 3,1-2; Is 32,15-18; 55,1-10), e se verifica no Batismo de Jesus, que constitui a sua investidura messiânica (Mt 3,13-16; Jo. 1,29-34).
Batismo e fé: Para salvar-se é preciso ter fé (Jo. 3,36; Rm. 10,9-11; Mc. 16,16) e ser batizado (Rm. 6,3-7; Tt. 3,4-5; Jo. 3,5; 4,2-30). Por isso se batizavam até os mortos (1Cor 15,29). Daqui o trinômio: Pregação, Fé, Batismo (Hb. 6,1-2; 10,22; Mt. 28,19).
Batismo e Igreja: o batismo incorpora à Igreja (1Cor. 12,12-13; 10,1-2); é o sacramento das bodas de Cristo com a Igreja (Ef. 5,25-27); é um revestimento de Cristo (Gl. 3,27); é um sepultar-se com ele (Rm. 6,1-11; Cl. 2,11-13); perdoa os pecados, concede o dom do Espírito e a participação na Ressurreição de Cristo (At. 2,38; Cl. 2,2; Rm. 6,3-11; 1Pd. 3,21). Ver “Ablução”, “Penitência”.
BEM-AVENTURANÇAS
As bem-aventuranças são um tema da literatura sapiencial. São a ciência da felicidade. Bem-aventuranças aplicadas à felicidade humana (Sl. 127; 128; Eclo. 25,8-11; 26,1-4).
Israel é feliz por ter a Deus como o rei (Sl. 33,12-17; 144,15; Br. 4,4; Dt. 33,29). O rei era considerado fonte de felicidade para os seus vassalos (1Rs. 10,8).
A observância da Lei torna o homem feliz (Sl. 1; 119,1-2; 106,3; Is 56,2; Pr 29,18). O mesmo sucede com a meditação da sabedoria (Pr. 3,13; 8,32-33; Eclo. 14,2); ou com o temor de Deus (Sl. 119,1-2; 128,1; Eclo. 25,8-11); ou com a confiança nele (Sl. 2,12; 34,9; 84,13; Pr 16,20).
Partindo da experiência de que nem o justo é, às vezes, feliz neste mundo, os profetas proclamam a bem-aventurança dos que virem os últimos tempos (Dn. 12,12; Is. 32,20; Eclo. 48,11; Tb. 13,14-16; Ml. 3,12-15).
No NT, muitas bem-aventuranças declaram que a felicidade está à porta, pois chegaram os últimos tempos (Mt. 13,16; Lc. 1,45; 11,27-28; Jo. 20,29). Neste sentido Jesus proclamou as bem-aventuranças: O Reino traz a felicidade aos cegos, aos que choram, etc. Lc. 6,20-26 deu-lhes uma feição social (cf. Lc. 4,18-19; 14,13s; 1Pd. 3,14; 4,14) e Mateus, uma dimensão moral, a justificação (Mt. 5,3-11).
As bem-aventuranças do Apocalipse conservam a sua característica escatológica (Ap. 14,13; 16,15; 19,9; 20,6; 22,7.14).
BELZEBU
Significa “senhor do esterco”, isto é, dos sacrifícios oferecidos aos ídolos. É o nome do deus cananeu, chamado no AT Baal-Zebub ("senhor das moscas"), divindade da cidade filistéia de Acaron. No NT “Belzebu” era o nome que os fariseus davam ao príncipe dos demônios (Mc. 3,22; Mt. 12,24s).
BÊNÇÃO
Pode ser entendida como louvor do homem que bendiz a Deus por suas obras ou benefícios recebidos. Tal tipo de bênção (bendição) é frequente nos Salmos. Bênção é também a ação de Deus em relação ao homem, enquanto objeto de seus benefícios, como a vida, a fecundidade, a paz e o bem-estar em geral (cf. Sl. 131; 134). Na Bíblia a bênção pode ser pronunciada pelo homem. Assim, os sacerdotes abençoam diariamente os israelitas (cf. Nm. 6,23-27 e nota); os patriarcas abençoam os filhos antes de morrer (Gn. 9,26s; 27,27-29; 49; Dt. 33). O homem pode ser também intermediário da bênção divina, como Abraão, escolhido para nele ser abençoada toda a humanidade (Gn. 12,1-3).
No Antigo Oriente as fórmulas de bênção ou de maldição eram consideradas eficazes, no sentido de que realizavam o que diziam, sobretudo quando escritas (cf. Nm. 5,23). Por isso, os códigos de leis e tratados de aliança eram concluídos com fórmulas de bênção e maldição (cf. Lv. 26; Dt. 28 e notas). Sua finalidade era impedir o desprezo das leis ou a violação dos tratados e promover a fiel observância dos mesmos.
A vontade de Deus é que a bênção tome o lugar da maldição (Ez. 34,24-30; Zc. 8,13; Is. 44,3; 53,1-12). Isto se deu em Jesus: fazendo-se por nós maldito, cobriu-nos de bênçãos divinas (Gl. 3,10-11; 1Pd. 2,22-24; cf. Rm. 8,3; 2Cor. 5,21).
BERSABÉIA
O nome hebraico significa “poço dos sete” ou “poço do juramento”. É uma antiga cidade cananéia do sul da Palestina, onde se prestava culto ao Deus Eterno (Am. 5,5; 8,14). O santuário foi venerado por Abraão (Gn. 21,21-23), Isaac (26,23-33) e Jacó (46,1-4). Ali os filhos de Samuel foram juízes (1Sm. 8,2). Bersabéia marca o extremo sul do limite de Israel (2Sm. 3,10).
BETÂNIA
Subúrbio de Jerusalém, vizinho de Betfagé, na estrada romana que na encosta do monte das Oliveiras descia pelo deserto até Jericó. No vilarejo, existente até hoje ("túmulo de Lázaro"), moravam Lázaro, Marta e Maria (Lc. 10,38; Jo. 11,1) e Simão o Leproso (Mt. 26,6); lá passou Jesus na entrada em Jerusalém (Mt. 21,17; Jo. 12,1-8) e na Ascensão (Lc. 24,50).
Uma outra Betânia, lugar de atividade de João Batista, ficava na margem oriental do Jordão (Jo. 1,28); sua localização é discutida: ou no sul do vale do rio Jordão, na altura de Jericó, ou no norte, na altura de Betsã.
BETEL
Em hebraico “casa de Deus”. Nome de um antigo santuário cananeu, antes chamado Luza. Tornou-se famoso, pois ali Abraão prestou culto a Deus (Gn. 12,8; 13,3s) e Jacó teve a visão da escada que unia a terra ao céu (Gn. 28,10-22; 31,13; 35,1-16). O rei Jeroboão I, após a divisão do reino de Salomão, mandou colocar em Betel a estátua de um bezerro de ouro (1Rs. 12,26-30). Por isso os profetas passaram a chamar o lugar de Bet-Áven, “casa da iniqüidade” ou da nulidade, isto é, dos ídolos (cf. Os 4,15).
BÍBLIA
Nome dado ao conjunto dos livros inspirados do AT e do NT, originariamente escritos em hebraico, aramaico e grego. O termo vem do grego ta Bíblia, “os livros”. Estes livros são o patrimônio espiritual do judaísmo e das igrejas cristãs.
A Bíblia foi escrita ao longo de mil anos, mas sua inspiração é atestada só pelo final do I século, em 2Tm. 3,16s e 2Pd. 1,21. Mas bem cedo se recomendava sua leitura (Ex. 24,7; Dt. 17,19; Js. 1,8; Is 34,16; Jo. 5,39; At. 8,28; Rm. 15,4; 2Cor. 1,13; Ef. 3,3s). Sendo um livro inspirado, deve ser lido com piedade e humildade (Eclo. 32,15; Mt. 11,15; 13,11; 1Cor. 2,12-14; 2Tm. 3,7.16). Sendo um livro antigo, escrito por um povo de cultura diferente da nossa, que trata dos planos de Deus a respeito dos homens, a Bíblia carece de interpretação (Sb. 9,16-18; Mt. 13,11; Mc. 4,34; Lc. 24,45; At. 8,30s; 1Cor. 12,30; 2Pd. 1,20; 3,15s. Sendo um livro assumido pela Igreja como fonte de revelação, necessita também de sua interpretação oficial (Ml. 2,7; Mt. 16,18; 28,19s; Lc. 10,16; Jo. 14,16.26; 16,13; 20,22s; Ef. 2,20; 1Tm. 3,13). Ver “Revelação” e “Como ler a Bíblia com proveito”, Introdução Geral desta Bíblia.
BISPO
As Igrejas judeu-cristãs parece que eram governadas por um colégio de presbíteros ou anciãos, ao estilo das sinagogas (At. 11,29-30; 14,23; 15,2.4.6.22s; 20,17; 1Pd. 5,1-4; Tg. 5,14). Tiago, em Jerusalém, aparece como o presbítero dum colégio de presbíteros ou anciãos (At. 12,17; 15,13; 21,18; Gl. 1,18-19; 2,9.12).
Nas Igrejas de origem pagã, fundadas por Paulo, aparecem os episcopoi, “epíscopos” ou “bispos”, palavra que significa “vigilantes”, “inspetores”(At. 20,28; comparar 1Tm. 3,2 e Tt. 1,7 com 1Tm 5,17 e Tt. 1,5.7). Paulo ordenou alguns dos seus discípulos como “inspetores apostólicos” (2Tm 1,6; Tt. 1,5; 1Tm. 4,14; 2Cor. 8,15-24).
Existia a hierarquia constituída pela imposição das mãos (1Tm. 4,14; 2Tm. 1,6-7) e a “pneumática”, sujeita aos apóstolos (1Cor. 12,4-11.28-29; 14,26-40).
Portanto, no séc. I, sob a dependência dos apóstolos, as Igrejas tiveram diversas formas de governo. No séc. II, como no-lo testemunham os documentos da Tradição, aparece o episcopado monárquico. A doutrina católica sobre o episcopado foi recentemente exposta pelo Concílio Vaticano II (LG, n. 18-19). Ver as notas de At. 20,28 e 1Tm. 3,2.
BITÍNIA
Região no noroeste da Ásia Menor, no litoral do mar Negro. Com o Ponto formava uma província romana. Durante a segunda viagem missionária Paulo e Timóteo pretendiam visitar esta região, mas foram impedidos pelo Espírito (At. 16,6-10).
BLASFÊMIA
É o ultraje dirigido a Deus, a própria pretensão de ocupar o seu lugar, ou de falar em seu nome sem autorização (Dt. 18,20-22). Na Bíblia, é condenada a blasfêmia e o blasfemador considerado digno de morte (Ex. 20,7; Lv. 24,13.22; Mt. 27,39-44; Ap. 13,6; 16,11). Pessoas justas foram acusadas de blasfêmia para serem condenadas à morte: Nabot, proprietário de um sítio cobiçado pelo rei Acab (1Rs. 21,1-16); Jesus Cristo (Mc. 14,60-64); Estêvão, o primeiro mártir cristão (At. 7,54-60).
BOAS OBRAS
Exortação para praticá-las: Pr. 21,3; Mq. 6,8; Mt. 3,10; 5,16; 7,17.21; Tg. 2,14-22. Prêmio prometido: Pr. 11,18; Eclo. 35,13; Is 3,10; Mt 6,6; 16,27; 20,8; 25,14-26; Rm. 2,6s; 1Cor. 3,8; 15,28; 2Cor. 9,6; Ap 22,12. São os “frutos do Espírito Santo”(Jo. 15,1-6; Gl. 5,5-25; Rm. 6,20-23; Mt 7,16-20), esperados por Cristo (Mc. 11,12-25; Mt. 21,18-19; Lc. 13,6-9). Ver “Justiça”.
BODE EXPIATÓRIO
É o macho caprino que no Dia da Expiação levava simbolicamente os pecados do povo para o deserto (Lv. 16,7-20), onde segundo a crença popular morava o espírito mau de Azazel (cf. Lv. 11,8 e nota: Mt. 12,43).
Ao lado da idéia da necessidade de sacrifícios para expiar pecados aparece outra, na qual se dispensa o derramamento de sangue para perdoar pecados (Ex. 34,6-7; Ez. 18,21-23; Mt. 6,12-14s; Hb. 7,26-27; 1Jo. 1,9; Ap. 21,22. Ver “Expiação” e “Sacrifícios”.
CANANEU
Habitante de Canaã, terra prometida por Deus e conquistada pelos israelitas, situada entre o vale do rio Jordão e a costa do Mediterrâneo. No NT o termo aparece como nome de um partido político, chamado também dos zelotes. O apóstolo Simão era membro deste partido (Mc. 10,4-11).
CÂNON
Lista dos livros do AT e NT inspirados por Deus e, consequentemente, normativos para a fé e vida moral dos fiéis. O cânon dos livros inspirados formou-se definitivamente já na era apostólica. Mas houve dúvidas sobre determinados livros do AT e do NT, sobretudo entre o II e o IV séculos, devido à proliferação de livros apócrifos. Tais livros são chamados deuterocanônicos, porque foram reconhecidos como canônicos pela Igreja universal num segundo momento. Os deuterocanônicos do NT são: Hebreus, 2Pedro, Judas, Tiago, 2-3João e Apocalipse; os do AT são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc e 1-2Macabeus. Estes últimos não constam nas Bíblias editadas pelas Igrejas protestantes, que os consideram apócrifos. A Igreja Católica pronunciou-se definitivamente sobre o cânon no Concílio de Trento (1546).
CANÔNICO
Em sentido ativo, diz-se da Sagrada Escritura, enquanto é critério de verdade, norma de fé e de costumes. Em sentido passivo é o livro que está incluído no cânon ou lista oficial dos livros reconhecidos pela Igreja como inspirados. Distinguem-se livros protocanônicos sobre cuja inspiração houve desde o início consenso em toda a Igreja, e livros deuterocanônicos, de cuja inspiração em determinadas igrejas locais duvidou-se durante algum tempo. Ver “Cânon”.
CARIDADE
Não deve ser confundida com o simples dar esmolas. No AT a caridade ao próximo se restringia sobretudo ao povo israelita (cf. Lv. 19,18; Eclo. 12,1-17 e notas). Ver “Amor” e “Eucaristia”.
CARISMA
Termo grego que significa um dom gratuito. É um dom especial do Espírito, dado ao cristão para o bem comum do próximo e a edificação da Igreja (Rm. 12,8; 1Cor. 12,4-10; Ef. 4,11-13). Paulo fala longamente na 1Cor. 12–15 dos carismas, cuja importância foi muito grande para a difusão do cristianismo. Menciona, entre outros, os dons da sabedoria, da cura, dos milagres, da pregação e do ensino. O mais importante de todos é a caridade.
CARMELO
Nome de uma cidade ao sul de Judá (Js. 15,55; 1Sm. 25,7.40). Nome também de uma serra de 20 km de comprimento, entre o mar Mediterrâneo e a planície de Jezrael (1Rs. 18,42-46). Ali residiam as primeiras comunidades de profetas sob a direção de Elias e Eliseu (1Rs. 18; 2Rs. 2)
CARNE-ESPÍRITO
A antropologia bíblica não conhece a dicotomia grega: corpo-alma. O homem é visto como uma unidade vivente. O termo “carne” é usado simbolicamente para indicar muitas vezes a transitoriedade e a fraqueza do ser humano, mortal e pecador (Gn. 3,3; Jr. 17,15; Jó. 10,4; Mt. 26,40s; 2Cor. 12,7-10; Is. 40,3-8; Jo. 17,2). O próprio Verbo de Deus assumiu esta carne frágil e mortal (Jo. 1,14; 1Tm. 3,16).
Enquanto indica o ser humano na sua fragilidade, “carne” pode estar em oposição ao espírito (Is. 31,3; Sl. 56,5; 2Cr. 32,8). Neste último sentido, nas epístolas de Paulo “carne” significa o homem natural, sem a graça, na sua fraqueza e tendência ao mal (Rm. 9,6-13; Gl. 6,12-15; Fl. 3,2-5; Ef . 2,11-13; Rm. 8,12-15), em contraste com o espírito, força que recebe o homem purificado pelo batismo (Rm. 7,14-25; 13,11-14; Ef. 2,1-6; Cl. 2,13-23). O cristão é aquele que não vive mais na “carne” mas no “espírito”(Rm. 8,9). Por isso o cristão deve crucificar a carne com suas concupiscências (Rm. 8,5-13; Gl. 5,22-25; Cl. 1,24-29).
O espírito, alento vital, sopro ou vento, indica a ação de Deus no ser humano (Gn. 2,7; 6,17; 7,22; Rm. 8,14-16; 1Cor. 2,10-13; Gl. 5,13-25; 6,8-10), opõe-se à carne, em sentido mais religioso que físico.
CATIVEIRO
Houve dois cativeiros ou exílios na história do povo eleito. Em 722 a.C foi deportada para a Assíria a população do reino do Norte, invadido e destruído pelos assírios (2Rs 17). Em 587 a.C foi deportada para a Babilônia boa parte da população do reino do Sul, quando Nabucodonosor destruiu Jerusalém (2Rs. 25). Durante o cativeiro da Babilônia os exilados foram confortados pelas palavras do profeta Ezequiel e de um profeta anônimo (Is. 40–55). Eles reavivaram as esperanças de um retorno à pátria, o que aconteceu com o edito de Ciro (538 a.C), o rei dos persas, que conquistou a Babilônia (Esd. 1,1-4). A dura provação do exílio contribuiu para uma profunda revisão das crenças e renovação espiritual de Israel. O cativeiro da Babilônia é o símbolo do homem decaído e libertado pela graça de Jesus Cristo (Hb. 2,14s).
CELIBATO
É o estado de uma pessoa que se mantém solteira, aconselhado por Cristo em vista do Reino de Deus (Mc. 10,28-30; Lc. 18,26-30; Mt. 19,27-29; 22,30) e pelo Apóstolo (1Cor. 7,1.7.32-35.38-40); é possível viver neste estado com a graça de Deus: Mt. 19,26; Rm. 8,11.13; 1Cor. 10,13; 2Cor. 12,7-9).
CÉSAR
Nome do famoso general, conquistador da Gália. Mais tarde tornou-se o título usado pelos imperadores romanos (Mt. 22,17-21; At. 25,2-12).
CESARÉIA
Duas são as cidades com este nome na Palestina:
1. Cesaréia Marítima, construída por Herodes o Grande em homenagem a César Augusto. Tornou-se a residência dos procuradores romanos; ali morava também Cornélio (At 10,1) e o diácono Filipe (21,8).
2. Cesaréia de Filipe, construída por Herodes Filipe nas cabeceiras do rio Jordão. Perto desta cidade Pedro confessou que Jesus era o Messias esperado e Jesus prometeu fazer dele o chefe da futura Igreja (Mt. 16,13-20).
CÉU
O céu pode ser tomado em sentido cosmológico: os antigos o imaginavam como firmamento sólido (Is. 40,22; 44,24), apoiado sobre colunas (Jó. 26,11). No firmamento há eclusas e por cima estão as águas do Oceano primitivo (Gn. 7,11; Sl. 148,4-6).
O céu em sentido teológico é a morada de Deus, cujo trono está acima do firmamento (Is. 66,1; Ex. 24,10s; Sl. 104,3). Mas Deus não está circunscrito à sua morada. Ele está presente em toda a parte (1Rs. 8,27). Por isso “céu” é a vida divina repartida com os eleitos na eternidade. Esta realidade religiosa é expressa com imagens: nova Jerusalém, novo templo, Sião reconstruída, montanha santa, etc. (Is. 4,2-6; 25,6-9; 60; Zc. 2,14; Ez. 37,26-28; Sl. 48,2-4).
No NT céu substitui o próprio nome de Deus (Mt. 5,16-20; 6,9; cf. 1Mc. 3,18 e nota).
Nos céus está Cristo, nossa esperança (Ef. 1,18-22; Cl. 3,1-4; Jo. 14,1-3). Por isso o céu é nossa herança (Fl. 3,17-21; Cl. 1,5.12; 1Pd. 1,4; Lc. 10,20; Mt. 25,31-46). Quando a recebermos, viveremos de Deus (1Jo. 3,2; 2Cor. 5,4-8; Ap. 5,6-12; 7,2-12; 14,1-3; 21). Ver “Retribuição”.
CIRCUNCISÃO
Operação cirúrgica para remover o prepúcio, pele que cobre a glande do membro viril. A prática de caráter mágico de iniciação ao matrimônio, conhecida por muitos povos antigos, existe ainda hoje em tribos primitivas da África, América e Austrália. Os israelitas aprenderam a circuncisão dos egípcios. O uso da circuncisão não é simples prática higiênica (como a operação de fimose), mas um rito de puberdade que marca o início da idade viril. Em Israel a circuncisão se fazia já no oitavo dia do nascimento (Lc. 1,59; 2,21); a partir do exílio, foi considerada um sinal da aliança (Gn. 17,3-14), um rito de inserção no povo eleito (Ex. 4,24-26; 1Mc. 1,15 e notas).
Os profetas mostram ser mais importante do que a marca da carne a “circuncisão do coração”(Dt. 10,16; 30,6; Jr. 4,4; 9,25), que consiste na remoção dos obstáculos postos pelo homem em sua relação com Deus (Rm. 2,29; 4,3.9.22; Cl. 2,11).
CIÚME
Em sentido humano, é o zelo do homem pelos seus direitos conjugais (Pr. 27,4), que pode submeter a esposa ao processo do ordálio (cf. Nm. 5,11-31 e notas). Pode significar também inveja ou rivalidade (11,26-29; Sl. 37,1). Em sentido religioso o termo indica o zelo pela causa de Deus (Nm. 25) e, sobretudo, o amor apaixonado, exigente e exclusivista de Deus. Deus não admite concorrentes ao lado dele (Ex. 20,5); propõe uma aliança exclusiva com seu povo (34,12-16), exigindo amor total e exclusivo (Dt. 6,5.13-15). Deus defende com ciúme a honra de seu santo nome (Ez. 36) e com zelo defende o seu povo (Is. 9,6; 63,15).
CLÁUDIO
Nome do imperador romano (41-54 d.C) que sucedeu a seu primo Calígula. O profeta Ágabo anunciou uma fome que devia vir para o mundo inteiro sob seu governo (At. 11,28). No ano 49 d.C Cláudio decretou a expulsão dos judeus de Roma, entre os quais estavam Áquila e Priscila (18,2).
CLÉOFAS
Esposo da Maria que estava aos pés da cruz com a mãe de Jesus (Jo. 19,25). Ele teria sido irmão de José, esposo de Maria, Mãe de Jesus; isto é, tio de Jesus. É distinto do outro Cléofas, um dos discípulos de Emaús (Lc. 24,8).
COBRADOR DE IMPOSTOS
Ver “Publicano”.
CÓDICE
Inicialmente os livros eram escritos à mão, em rolos, isto é, em, tiras de papiro ou de pergaminho. Aos poucos surgiu uma nova técnica de fazer livros: as folhas avulsas de um documento escrito eram dobradas, colocadas uma sobre a outra e costuradas, dando origem ao “códice”. Quatro folhas, cada uma dobrada ao meio, davam um caderno de oito folhas ou dezesseis páginas. Tal técnica, já conhecida no séc. II a.C, tornou-se comum nos manuscritos cristãos. São famosos os códices gregos da Bíblia, conhecidos pelos nomes Vaticano, Alexandrino e Sinaítico. Ver “Manuscrito”.
COMÉRCIO
Profissão perigosa porque leva facilmente à apropriação indébita dos frutos do trabalho alheio (Ez. 26-28; Eclo. 26,29; 27,1; Ap. 18,15). Os abusos são denunciados e condenados (Dt 23,19; Pr 11,26; 20,10.23; Ez. 18,18; Am. 2,6s; 5,11s; 8,5s). Como proceder: Lv. 19,35s; 25,14; Dt. 23,13-16; Pr. 11,1; 1Cor. 7,30).
COMUNHÃO
Ver “Eucaristia”, “Participação”.
CONFESSAR
Significa professar a fé em Cristo (Rm. 10,9; Fl. 2,11), louvar a Deus pelas suas maravilhas (Lc. 1,46-54.68-79; Mt. 11,25-27), ou reconhecer os próprios pecados (Lv. 5,5; Nm. 5,7; 1Jo. 1,9).
Quer nos sacrifícios da Antiga Lei, quer no batismo de João, as pessoas confessavam-se pecadoras (Lv. 4; 23,26-32; Mt. 3,6; Mc. 1,4-5; Lc. 3,3-14). Cristo, com efeito, veio para os que se confessam pecadores (Mt. 9,13; 11,19; 1Tm. 1,5). Os evangelistas contam-nos algumas destas confissões (Lc. 5,8; 7,36-50; 19,1-10; Jo. 4,5-42; Lc. 15,11-32; 18,9-14). Os apóstolos falam da confissão dos pecados (1Jo. 1,9-10; At. 19,18; Jo. 20,23; Mt. 18,18; Tg. 5,16).
CONFIRMAÇÃO /CRISMA
João Batista anunciava um batismo no Espírito e no fogo (Lc. 3,16). O evangelista João fala dum renascimento da água e do Espírito (Jo. 3,5; cf. 1Jo. 2,20.27). O próprio Jesus anunciou um outro “Paráclito” (Jo. 14,16.26; 15,26; 16,7-15; At. 1,4-8).
No Pentecostes a ligação Espírito-fogo é evidente, bem como o tema da reunião frente à dispersão babilônica (At. 2,1-13; 4,31-33; Gn. 11,1-9).
Para os primeiros cristãos Batismo e Espírito estavam unidos (At. 8,14-17; 19,1-7; 10,44-47; 9,17-18). Batizados e confirmados recebemos em nós o “selo”, a assinatura do Espírito Santo, como os hebreus a recebiam na carne pela circuncisão (Rm. 4,11; Ez. 9,4-7; Ap. 9,4; Fl. 3,3; 2Cor. 1,14-22; Ef. 1,13-14; 4,30; 1Jo. 2,20-27).
CONSAGRAR
Retirar um objeto ou uma pessoa do uso profano, para transferi-los de modo permanente ao domínio de Deus (Ex 13,1; 30,29). Ver “Anátema”.
CONSCIÊNCIA
Esta realidade, sobretudo no AT, existe sob o nome de coração e rins. Estes últimos englobam o mundo passional do inconsciente. Deus é aquele que penetra e julga os rins e o coração (Sl. 7,9-13; 16,7-9; 139; Jr. 11,19-20; 12,1-3; 17,9-11; 1Rs. 8,37-40; 1Jo. 3,19-21; 1Sm. 16,6-11; Jó. 27,1-7). Afasta os corações endurecidos (Is. 6,9-10; At. 7,51-54; Jo. 12,37-43).
A consciência arrependida é um coração despedaçado (Jl. 2,12-17; Sl. 51,18-19; 2Cr. 6,36-39; 15,11-14). É preciso circuncidar o coração, evitando o formalismo (Jr. 4,1-4; 9,24-25; Dt. 10,15-17; Rm. 2,25-29).
Deus dá um coração novo, isto é, uma nova consciência (Jr. 31,31-34; 32,37-41; Ez. 11,17-21; 36,23-28). Daqui a expressão “amar a Deus com todo o coração”(Dt. 6,4-6; 10,12-13; 13,4-5; 30,1-6; Mt. 22,34-37). Assim a moral do NT é uma moral interior, do “coração puro”(Sl. 64,10-11; Mt. 5,8.28; 6,1-6; 1Pd. 1,21-23; Hb. 9,13-14; 10,19-23; 1Cor. 4,3-5; 2Cor. 1,12-14; Rm. 2,12-16; 13,5; 14,10-23).
CONVERSÃO
É a mudança moral, pela qual o homem renuncia à sua conduta anterior, volta-se para Deus e cumpre a sua vontade. Na pregação dos profetas conversão é abandonar o serviço dos ídolos, que leva a descuidar do serviço de Deus e da observância de seus preceitos (Jr. 7; cf. 1Ts. 1,9). Esta conversão, porém, não é obra humana, mas fruto da intervenção de Deus na vida moral do homem (Jr. 24,7; 31,31-34; Ez. 11,18-21; Os. 14,2-10).
Tanto João Batista como Jesus começaram sua pregação exortando à conversão, em vista da proximidade do Reino de Deus (Mt. 3,2; 4,17; Mc. 1,15). Depois de Pentecostes os apóstolos convidam seus ouvintes à conversão para serem batizados (At. 2,38; 20,21). Ver “Confissão” e “Penitência”.
CORAÇÃO
Além de órgão humano ou animal, o coração é visto como sede do homem interior (1Pd. 3,4), conhecido por Deus (1Sm. 16,7). É a sede da vida intelectiva, dos pensamentos (Dn. 2,30), da fé e da dúvida (Mc. 11,23; Rm. 10,8s), enfim dos sentimentos e das paixões em geral (Dt. 15,10; 20,3; 28,47; Rm. 1,24). O coração é ainda a sede da vontade, da vida moral e religiosa (Lc. 21,14; 2Cor. 9,7; Gl. 4,6). Por isso o coração representa o homem todo (Jl. 2,13). Ver “endurecimento do coração” em Ex. 7,3 e nota.
CORPO MÍSTICO
A Santa Ceia inspirou Paulo a fazer da expressão “ Corpo de Cristo” o centro e a característica da caridade (1Cor. 11,17-34; 10,16-17). Era um lugar comum tomar o corpo humano como tipo de solidariedade (1Cor. 12,14.18.25.27; Rm. 12,4-8; Cl. 3,15). É o fundamento da castidade cristã (1Cor. 6,13-17).
O Corpo místico é identificado com a Igreja, a reunião dos crentes; Cristo é a cabeça desta reunião. O Espírito Santo, a alma (Ef. 1,22-23; Cl. 1,18.19.24; 2,18-19; Ef. 4,15-16).
CORREÇÃO FRATERNA
Se teu irmão se porta mal, repreende-o (Lc. 17,3), mas antes olha para ti mesmo (Mt. 7,1-5) e faze-o sempre com bondade (Eclo. 19,17; Mt. 18,15-17; Lc. 23,40; 1Cor. 4,14; Gl. 2,11; 6,1; 1Ts. 5,14; 1Tm 5,1-2; Tg 5,19-20). Devemos aceitar a correção com humildade (Sl. 141,5; Pr. 12,1; Eclo. 21,6; Mt. 18,15-17).
CRIAÇÃO
O tema constitui uma das noções básicas da fé de Israel. A Bíblia projeta na contemplação da criação a experiência da Aliança e da sua vivência religiosa. Assim, o autor inspirado conforme seja um narrador ou um poeta, um sábio, um sacerdote, um cantor, admirará na criação ora a onipotência divina, ora a sua sabedoria, ora o seu governo real, ora a sua manifestação.
A mais antiga narração da criação é do séc. X a.C. Numa linguagem popular, atribui a Deus a criação do ser humano e pretende responder a vários “porquês”: da vida a dois, do trabalho, da dor (Gn. 2,4-25). Um poeta admira a onipotência de Deus na criação (Jó. 38,1–40,5; 26,5-14; Sl. 89,10-13). Louva a Deus com entusiasmo pela grandeza de seu poder criador (Sl. 8; 19,3-7; 104), pois ele criou todas as coisas do nada (cf. 2Mc. 7,28 e nota). Louva a Deus pela sabedoria da criação (Is. 40,12-17; Pr. 8,22-35; Eclo. 43,33; Sl. 19,1-3).
Deus é o criador do mundo (Jr. 27,5; 31,35) e da história (Is. 22,11; 37,26). Na literatura pós-exílica as afirmações sobre o poder criador de Deus são mais freqüentes. Ele cria o universo pela sua palavra (Sl. 33,6-9; 148,5; Is. 40–55) e renova a criação, realizando a salvação prometida (Is. 41,20; 45,8; 48,7) e transformando o coração do homem arrependido (Sl. 51).
No NT sabemos que tudo foi criado em Cristo e por Cristo (1Cor. 8,6; Cl. 1,16; Hb. 1,2), e que a sua obra redentora é uma nova criação (Rm. 8,18-22; 1Cor. 15,45-48; 2Cor. 5,17; Ef. 4,24; Tg. 1,18; 2Pd. 3,13; Ap. 21,1-5; cf. Is. 65,17-18).
CRISTÃO
O nome vem de Cristo, o Ungido. Deve ter sido dado pelos magistrados romanos aos seguidores de Jesus Cristo. Esta denominação foi dada aos discípulos de Jesus pela primeira vez em Antioquia da Síria (At. 11,26; cf. 26,28; 1Pd. 4,16).
CRISTO / CORDEIRO DE DEUS
O termo de origem grega significa “ungido” e traduz o termo hebraico “messias”. Os sumos sacerdotes (Lv. 4,3-16; 6,15) e os reis de Israel (1Sm. 12,3-5; 24,7.11) eram chamados “ungidos”. Os discípulos de Jesus deram-lhe o nome de “Cristo”(Ungido), reconhecendo-o como o messias prometido (Jo. 1,41; 4,25; Mt. 16,16).
Em alguns textos Jesus é diretamente chamado “Deus” devido ao monoteísmo hebraico (Jo. 1,1; 20,28). Cristo exprime sua divindade com a expressão “Eu sou” (Jo. 8,24.28.58; 13,19; cf. Ex. 3,14; Is. 43,10-13).
É o Filho de Deus: O povo de Israel (Ex. 4,22; Os. 11,1; Is 1,2; 30,1; Jr. 3,22; Is. 63,16); o rei e certos chefes (2Sm. 7,14; Sl. 2,7); os anjos e os justos (Sb. 5,1-5; 2,13-18; Jó. 1,6) são chamados também filhos de Deus. Jesus recebe este título no batismo (Mc. 1,11) e na fidelidade à sua missão (Mc. 9,7; 15,39).
Cristo é a fonte de água viva (1Cor. 10,1-11; Jo. 2,1-11; Ap. 21,6; Jo. 19,34-37; 7,37-39; Ap. 22,1-2) e a Luz dos povos (Lc. 1,78s; Jo. 1,4-13; 8,12; 9,1s; 12,46-47; At. 13,46-47; 26,22s; 1Ts. 5,2-7; Ap. 21,22-27; 22,16; cf. Is. 9,1-6; 42,6-9; 60,1-9).
Cristo é o “Senhor”(Kyrios), título que proclama a divina soberania de Jesus (1Cor. 8,5-6; At. 10,36; Rm. 10,2; 14,7-10; Fl. 2,10-11; Jo. 20,24-28; 21,7.15-17). Por isso o temor de Javé (Senhor, nesta Bíblia) passa a ser temor do “Senhor”(At. 9,31; 2Cor. 5,11; Ef. 5,21). A “glória” de Javé transforma-se na glória do “Senhor”(Jo. 1,14; 2,11; 1Cor. 2,8; 2Tm 4,18; 1Tm. 3,16; Fl. 2,9-11). O dia de Javé –anunciado pelos profetas –passa a ser o “Dia do Senhor”(At. 2,20; 17,3; 1Cor. 1,8; Fl. 1,6-10).
Cristo é o bom Pastor (1Sm. 16,10-16; 17,33-37; Ez. 34; Mt. 25,31-33; Ap. 12,5; 19,15; 1Pd. 5,4; Jo. 10,1-18; Lc. 15,1-7); o juiz misericordioso (Lc. 7,37; 9,10; 19,5; Jo. 8,3; 10,11) e justo (Mt. 24,30s; Jo. 5,22; At. 10,42; 17,31; Rm. 2,16).
É a imagem visível do Deus invisível, o novo Adão, a divina Sabedoria (Sb. 7,6); é a imagem da “glória” ou resplendor de Deus (2Cor. 4,1-6; Cl. 1,15); batizados em Cristo, também somos suas imagens (2Cor. 3,18; Cl. 3,1-11; Rm. 8,29; 1Cor. 15,49).
Cristo é o Servo do Senhor (Lc. 22,20.37; Jo. 13,1-15; At. 8,30-35; 1Pd. 2,21-25; cf. Is. 52,13–53,12); manso como um cordeiro, sofre pelos pecados do seu povo (cf. Jo. 1,29.36; 1Pd. 1,19; Ap. 5,6; 8,12).
É o Salvador do mundo (Is. 62,11; Zc. 9,9; At. 5,31; Fl. 3,20; Lc. 19,10; 1Jo. 4,10), a luz do mundo (Mt. 4,16; Lc. 2,30-32; Jo. 8,12; 1Jo 1,5). É aquele que nos remiu do erro e da ignorância (Lc. 1,79; Jo. 1,9; 3,19; 8,12; 12,46), do pecado e consequências (Jo. 8,51; Rm. 3,24s; 4,25; 5,6-9; Cl. 1,14; 1Pd. 1,18s; 2,24; 1Jo. 1,7; Ap. 1,5; 5,9). Ver “Palavra”.
DIA DO SENHOR
É o dia em que Deus vem para julgar. Este dia em geral é visto como um dia de punição para os pagãos, para os inimigos de Deus e de seu povo, e de salvação para Israel (cf. Is. 13; Ez. 7,1-27 e nota; Jl. 4,9-14). Mais tarde os profetas anunciaram o dia do Senhor como punição também para Israel, para quem a eleição divina não é uma garantia incondicional (cf. Am. 3,1s; 5,18 e nota). Segundo o NT este dia vai coincidir com o da vinda gloriosa de Cristo, para o qual se volta toda a esperança cristã (1Cor. 1,8; 1Ts. 5,2-4).
No NT, o primeiro dia da semana, por ser o dia da Ressurreição do Senhor Jesus Cristo, foi chamado “Dia do Senhor”(Ap. 1,10). Ver “Parusia”, “Culto” e “Sábado”

DIÁCONO
O termo significa “assistente”, alguém que serve à mesa (Jo. 2,5.9). Foram chamados “diáconos” os cristãos escolhidos pelos apóstolos para servirem aos pobres da Igreja de Jerusalém (At. 6,1-7). Mas estes diáconos logo começaram a dedicar-se também à pregação do Evangelho (6,8–7,53; 8,5-13). Eles são os auxiliares dos “epíscopos"(cf. At. 20,28 e nota) na direção das jovens comunidades cristãs (Fl. 1,1; 1Tm 3,8-13). Ver “Anciãos”, “Bispo” e “Culto”.
DOUTOR DA LEI
Ou escriba, é o homem entendido nas coisas da Lei (Lc. 5,17; Mt. 23,3). Eles recebiam o título honorífico de rabi (Mt. 23,7s) e ensinavam a Lei ao povo (Lc. 2,46; Rm. 2,20). Seu trabalho de instrução é elogiado em Eclo. 39,1-11; mas Jesus os criticou por seu casuísmo teológico-jurídico e sua conduta hipócrita. O cristão que tem o dom de ensinar é também chamado doutor (At. 13,1; 1Cor. 12,28s).
DOZE
Na Bíblia, “doze” é o número sagrado da “eleição”: Os doze patriarcas, pais das doze tribos (Gn. 35,22-26; 42,13.32; 49,28; At. 7,8; Js. 24,1s).
Cristo elege doze apóstolos (Mc. 3,13-19; Jo. 6,70); que recebem uma especial instrução e seguem o Mestre (Lc. 8,1s; 9,12; 18,31-34; Mc. 4,10-11; 14,17s; Lc. 9,2.5; Mc. 6,7). Constituem o fundamento da Igreja (Ef. 2,20; Ap. 21,14; 7,4-12; Mt 19,28; Lc. 22,30). Cristo come com eles a Ceia Pascal (Jo. 13,1-20; Mt. 26,20-29); ora por eles ao Pai (Jo. 17,17); é a eles que as mulheres anunciam o encontro do túmulo vazio (Lc. 24,9-10.45-49; Jo. 20,19-23; Mt. 28,18-20). Ver “Apóstolos”.
ÉFESO
Importante cidade do litoral oeste da Ásia Menor, desde 133 a.C capital da província romana da Ásia. Com uma população de 250 mil habitantes e um estádio para 24 mil pessoas, era famosa pelo seu templo de Ártemis e pelas práticas de feitiçaria. Paulo passou por Éfeso durante a segunda viagem (At. 18,19-21) e ali se deteve por três anos durante a terceira viagem missionária (19,1–20,1). O sucesso de sua pregação fez com que muitos queimassem seus papiros mágicos (19,18s), mas suscitou também tumultos, levando Paulo a abandonar a cidade.
EFOD
Pode indicar uma estátua de um ídolo (cf. Jz. 8,27; 17,5 e notas) ou a parte da veste sacerdotal que continha a bolsa dos urim e tumim, usados para dar as respostas oraculares (cf. Ex. 25,7; 28,6 e notas).
ESPOSO
O amor de Deus por Israel é comparado ao do noivo por sua noiva, ou do esposo pela esposa (Os 2,16; Jr. 2,2.30-37; 3,1-13; Ez. 16,8). Deus tem “ciúmes” por causa de Israel infiel; por isso castiga-o, mas também lhe promete um coração novo (Jr. 30,17; 31,2-4.21-22; Ez. 16,53-63) e novas bodas após o castigo do exílio (Os. 2,16-25; 3,1-5; Lm. 1,1-21; Is. 49,14-21; 50,1-2; 51,17s; 54,1-10; Ct. 1,1s).
João Batista chama Jesus de noivo (Jo. 3,29; Ef. 5,22s), sendo ele o amigo do noivo.
Em Cristo, Deus realiza as bodas definitivas com a Igreja, que é a noiva (2Cor. 11,2) ou esposa de Cristo (Ap. 21,9). Por isso, o Reino é uma festa de casamento (Mt. 22,1-14; 25,1-13; Lc. 14,16-24; Jo. 2,1-11; 3,25-30; Mt. 9,14-15; Ef. 5,25s; Gl. 4,21-23; 2Cor. 11,1-3).
Os esponsórios de Deus em Cristo são o fundamento da moral conjugal cristã (Mt. 19,1-9; Ef. 5,22-23; 1Cor. 6,15-20; 11,3-16; 1Pd. 3,1-7; Cl. 3,18-19). Ver “Matrimônio”.
EUCARISTIA
“Fração do pão” rito tipicamente cristão (At. 2,42.46; Mt. 26,26; 1Cor. 10,16; 11,24). Celebra-se no domingo, dia da Ressurreição (At. 20,7.11). Nela o Ressuscitado está presente (Lc. 24,30-35).
É o “pão da vida”, refeição pascal (Jo. 6,4) e messiânica. É o novo maná, dado pelo novo Moisés (Sl. 78,24; 105,40; Sb. 16,20; Is. 55,1-3; Pr. 9,5; Eclo. 24,20; Jo. 6,1-15.22-59; Mt. 14,19-21; 15,32-39).
É o banquete nupcial e escatológico (Mt. 22,2-14; 25,1-13; Lc. 14,12-24; Jo. 2,1-12; Ap. 14,1-3; 3,20-21). É o sacramento de Unidade (1Cor. 10,16-17; 11,17-34; Jo. 17,1s; At. 2,42-46; Lc. 24,30-35), prometido e instituído por Cristo (Jo. 6; Mt. 26,26-28; Mc. 14,22-24; Lc. 22,19-20; 1Cor. 11,23-25).
FACE
Muitas vezes o termo designa o próprio Deus, enquanto se volta ou se relaciona com o homem. “Contemplar a face” é ser admitido à presença de Deus; “ver a face de Deus” é algo perigoso para o homem (Ex. 33,20-23). O homem pede que Deus não lhe esconda a sua face (Sl. 27,8s), mas lhe mostre uma face compassiva (Nm. 6,25).
FARAÓ
Título bíblico dos reis egípcios. Veja os nomes de alguns faraós na Tabela Cronológica da História Bíblica .
FARISEUS
Partido religioso judaico, cujos membros se dedicavam ao estudo e observância da Lei mosaica e suas tradições, especialmente o sábado, a pureza ritual e os dízimos. Os precursores dos fariseus são os assideus do tempo dos Macabeus (cf. 1Mc. 2,42 e nota). Sob João Hircano I começaram a fazer oposição à sua política filo-helenística e por ter usurpado o sumo sacerdócio.
Os fariseus, embora defensores da teocracia, politicamente eram moderados frente ao domínio romano, se comparados à ferrenha oposição dos zelotes e ao apoio dado pelos saduceus. Comparados a estes últimos, os fariseus eram progressistas quanto às crenças religiosas: criam na existência dos anjos, na ressurreição e na imortalidade (Mt. 22,23-33; At. 23,6-10). Entre o povo gozavam de grande prestígio e liderança. Jesus condenava não a doutrina (Mt. 23,3) mas a hipocrisia e soberba dos fariseus (Mt. 23,13-36) que os levava a desprezar a massa “ignorante”(Lc. 18,9-14). Ver “Essênios”.
No AT a fé é raramente mencionada (cf. Hab. 2,4 e nota). Mas crer é a atitude característica do homem perante Deus. Ela implica numa adesão da inteligência em reconhecer a Deus em todas as suas manifestações de amor e suas exigências para com o seu povo. A atitude de Abraão é o modelo da verdadeira fé que salva (Gl. 3,6): ele jogou a sua vida, confiando na Palavra de Deus (Gn. 12,1-2; 13,14-18; Ez. 33,23-24; Eclo. 44,19-21; Jo. 8,56; Rm. 4,1s; Hb. 11,8-12).
O Êxodo é o tempo da prova na fé (Ex. 4,1-9; 33,1-6; Dt. 1,45-46; 4,1-8; 6,20-25; 10,12-22).
A fé inclui a esperança de um mundo melhor (Is. 40,1–41,20; 43,1-21; 49,22-23).
No NT acreditar é prestar fé à Palavra de Deus em Cristo (At. 24,14; Lc. 24,25-27); é obedecer a Deus (Hb. 11,1s; Rm. 1,5; 10,16s; 15,18; 16,19.26; 2Cor. 5,5s); é confiar nele (Mc. 11,22-24; At. 3,16; 1Cor. 13,2); é converter-se, aceitando o Evangelho (1Ts. 1,8-9; Rm. 10,17; 2Cor. 5,18s; At. 3,12-16).
Jesus exige fé em sua pessoa (Jo. 6,29-40). O coração da fé é a obra salvífica de Cristo, sobretudo a sua morte e ressurreição (1Cor. 15,1-20; Rm. 4,24; 10,9).
Paulo coloca a fé em Cristo como indispensável para a salvação (Rm. 1,16). Mas quando opõe fé a obras, fala das obras da Lei mosaica e não dos frutos da fé cristã (Rm. 4,13-25; Gl. 3,1s; Ef. 2,8-10; Mt. 7,16-27; Jo. 15,1-3.6-8; Tg. 2,16-26).
Alguns textos de primitivas profissões de fé: Lc. 24,34; 1Cor. 15,3-5; 1Ts. 4,4; 2Cor. 5,15; Rm. 4,25; 6,4.9; Fl. 2,6-11.
A Igreja é a depositária da fé: Mt. 16,16-19; 18,17s; 28,20; Mc. 16,15; Lc. 22,31s; Jo. 21,15-17; At. 1,24s; 15,7s; 20,28; 1Cor. 1,10; 1Tm. 6,20s; 2Tm. 4,2-5; Tt. 3,10s; 2Jo. 10.
FILHOS
São a honra dos pais (Pr. 17,6; Sl. 128,3): devem ser educados (Pr. 22,15; Eclo. 22,3; cf. Mt. 11,16-19; Ef. 4,14; Gl. 4,1s); devem honrar os pais (Ex. 20,12; 21,17; Dt. 27,16; Eclo. 3,3; 7,27s); devem obedecer-lhes (Dt. 21,18-21; Pr. 1,8s; Eclo. 3,7s; Lc. 2,51; Ef. 6,1-3; Cl. 3,20); aceitar a correção (Pr. 12,1; 13,1; Eclo. 3,16; 20,5s; Lm. 3,27; Hb. 12,9); mostrar gratidão (Tb. 4,4; 9,4; Pr. 10,1; 23,22; Eclo. 3,11s). Ver “Adoção”.

GALILÉIA
Região norte da Palestina, que formava junto com a Peréia o território administrado por Herodes (4 a.C a 37 d.C). A população era formada sobretudo de judeus. Mas pela sua mistura com pagãos e dialeto próprio (Mt. 26,73) os galileus eram desprezados pelos judeus como ignorantes e violadores da Lei (Jo. 7,41; Mc. 14,70). Cidades da Galiléia, como Nazaré, Caná, Cafarnaum, Betsaida e Tiberíades, além do lago da Galiléia, são o cenário mais familiar da vida pública de Jesus.
GENTIO
Termo judaico e cristão para indicar aqueles que professam religiões não-monoteístas, isto é, pagãos. A qualificação “gentio” distingue o “povo eleito” dos demais povos.
Esta separação dos judeus, que se consideram eleitos, dos demais povos constituiu um problema sério para a admissão dos pagãos na Igreja. Muitos queriam que eles se submetessem à Lei mosaica (At. 15,1s; 10,1s; 21,17-21). Paulo, que se gloria de ter sido chamado por Deus para pregar o Evangelho diretamente aos pagãos, reflete longamente sobre a eleição dos gentios (Gl. 1,15-16; Rm. 9,24-26; 10,19-21; 15,7-13; 1Cor. 1,26-31); por isso é chamado “apóstolo dos gentios”(pagãos).
Certos textos dos evangelhos refletem os problemas entre os cristãos de origem judia e os de origem pagã (Mt. 1,1-16; 8,5-13; 11,20-24; 21,28-43; 2,1-12).
GLÓRIA
Em hebraico (kabod ), o termo significa aquilo que dá peso, torna importante e confere estima, como a riqueza, o esplendor e o poder. Muitas vezes significa a manifestação radiante da grandeza divina (Ex. 24,15s; 29,43; Ez. 1,28; 9,3). A glória de Deus enche o tabernáculo ou o templo (Ex. 40,35; 1Rs. 8,11), manifesta seu poder e sua santidade nas obras da criação (Sl. 19,2), nos prodígios em favor de seu povo (Nm. 14,22; Is. 40,5). Jesus possuía esta glória (Jo. 1,14), que se manifesta nos milagres, no monte Tabor (Mt. 17,2-8; 2Cor. 3,7s; Jo. 2,11) e na paixão (Jo. 17,1; 12,23; 13,31-32). O cristão, pela esperança (Fl. 3,21), dela participa já neste mundo.
GOMORRA
Cidade ao sul do mar Morto, destruída por Deus por causa da perversidade de seus habitantes (Gn. 19). Sua ruína, hoje encoberta pelas águas do mar Morto, é o símbolo do juízo implacável de Deus (Is. 1,9).
HERODES
No NT vários personagens levam este nome: Herodes o Grande (73-4 a.C), filho do idumeu Antípatro e de Kypros, filha de um rei árabe; foi nomeado rei da Judéia pelos romanos no ano 40 a.C. Foi um grande construtor: construiu as cidades helenísticas de Sebaste (antiga Samaria), Cesaréia Marítima, Antipátrida e reconstruiu o Templo. Foi um eficiente administrador, mas muito cruel; por isso, e por ser amigo dos romanos e idumeu, era odiado pelos judeus. Segundo Mt. 2,16-18, massacrou os meninos de Belém. Ao morrer, dividiu seu reino entre três de seus filhos: Arquelau, Antipas e Filipe, chamados também Herodes. Ver “Agripa”.
HERODÍADES
Filha de Aristóbulo e Berenice, casada com Herodes Filipe, uniu-se ilicitamente com Herodes Antipas. João Batista denunciou esta união e acabou sendo decapitado por causa do ódio de Herodíades (Mt. 14,1-12).
IMPOSIÇÃO DAS MÃOS
Na Bíblia, a mão significa poder (Ex. 14,31; Sl. 19,2; 1Rs 18,46; Ez. 3,14; 30,21). O gesto de impor as mãos criava uma relação especial entre o sujeito e o objeto da ação, comunicando-lhe algo da força do agente (Lv. 9,22; Lc. 24,50). É sinal de consagração (Nm. 8,10; Dt. 34,9), símbolo de identificação com a vítima do sacrifício (Lv. 1,4; 3,2; 4,4). Servia assim para transmitir a culpa (Lv. 16,21) ou poderes (Nm 27,18-23); era usado para abençoar (Gn. 48,14-20), curar doentes (Mt. 9,18; Mc. 8,23; Lc. 4,40; 13,13), abençoar crianças (Mc. 10,16).
Como Jesus, os discípulos também impunham as mãos para curar os doentes (Mc. 16,18; At. 9,12; 28,8), comunicar o Espírito Santo (At. 8,17; 19,6) ou conferir um ministério ou missão (At. 6,6; 13,3; 1Tm. 4,14; 2Tm. 1,6s).
IMPRECAÇÃO (MALDIÇÃO)
Fórmula composta de palavras próprias para amaldiçoar. Os primitivos atribuíam a tais fórmulas um efeito mágico: bastava pronunciá-las para se obter o resultado desejado. Israel também conhece fórmulas de bênção ou maldição, mas o efeito é atribuído ao poder de Deus (Gn. 12,3). A maldição uma vez pronunciada deve se cumprir (Js. 6,26; 1Rs. 16,34; 2Sm. 21,3 e nota). Mas Deus pode impedir que uma maldição seja pronunciada e transformá-la em bênção, como no caso de Balaão (Nm. 22,12; Dt. 23,6).
Em alguns salmos o orante faz imprecações contra os que lhe causam sofrimentos (Sl. 109; 129). Tais salmos devem ser entendidos no contexto e mentalidade daquele tempo. Jesus, porém, proíbe amaldiçoar os inimigos ou perseguidores (Lc. 9,51-56; 23,34); ao contrário, manda amar os inimigos (Mt. 5,44; Rm. 12,14) para imitar a perfeição de Deus (Mt. 5,45.48).
INFERNO
O termo latino significa “lugar inferior”, “abismo”. No AT conhece-se o lugar dos mortos (xeol), uma gruta subterrânea. Para lá vão todos os mortos, bons e maus (Gn. 37,25; Dt. 32,22; 1Rs. 2,6; Jó. 10,21s; Sl. 9,18; 31,18; Is. 38,10.18).
Com o progresso da Revelação foi-se esclarecendo o destino dos bons e dos maus: os justos ressuscitarão para a vida (Dn. 12,2; 2Mc. 7,9-23; Sb. 5,15s; 6,18); os ímpios sofrerão castigo (Is. 50,11; 66,24; Sb. 4,19) e ressuscitarão para o opróbrio (Dn. 12,2; Is 50,11; Jt 16,17).
Na Bíblia aparece também a imagem da Geena, vale de Jerusalém, lugar de culto idolátrico, lixeira da cidade, espécie de boca-do-lixo (Jr. 7,30-32; 19,6; Is 30,33; Mc. 9,43).
O termo xeol é traduzido na versão grega dos Setenta por Hades (Lc. 16,23s; Ap 20,13s).
O Apocalipse fala-nos no “lago de fogo”, que é a segunda morte, no qual a morte e o hades serão lançados (20,6.14; 21,8).
A descida de Cristo aos infernos significa a dimensão cósmica do mistério pascal. O mundo era então imaginado como uma casa com três compartimentos: gruta subterrânea – morada dos mortos: rés-do-chão –morada dos homens; primeiro andar –palácio de Deus. Pela sua sepultura, ressurreição e ascensão Cristo penetrou em cada um destes três lugares (1Pd. 3,18-20; Ef. 4,8-10; At. 2,24-31; Rm. 10,6s; 1Pd. 4,5s). Esta “descida” é sinal do triunfo de Cristo sobre a morte (Ap. 1,18; 20,1).
Na mentalidade bíblica, as “águas inferiores”(infernais) combateram contra Deus na criação (Jó. 26,5-14; Mt. 16,18). Por isso, o cristão, ao ser submergido nas águas batismais, ritualiza a sepultura de Cristo, descendo com ele aos infernos (Rm. 6,3s; Cl. 2,12). Ver “Geena”, “Abismo”, “Xeol”.
INIMIGOS
Devemos amá-los (Mt. 5,23-48; Lc. 6,35; Rm. 12,14-21). Cristo e Estêvão perdoaram a quem os matava (Lc. 23,34; At. 7,60). Ver
IRMÃOS DE JESUS
Passagens (Mt. 12,47; 13,55; Mc. 3,31; 6,3; Lc. 8,19; Jo. 2,12). São parentes próximos (Gn. 11,31; 13,8; 14,14; 16,12; 24,27; 31,23; Rm. 9,3; Hb. 7,5). Ver as notas em Gn. 29,4.12 e Mt. 12,46-50.
ISRAEL
Nome que Jacó recebeu depois que lutou com Deus (cf. Gn. 32,23-33 e nota). O nome passou aos seus descendentes e ao povo eleito.
JAFA (JOPE)
Antigo porto na costa mediterrânea da Palestina (Jn. 1,3). Pedro ressuscitou ali Tabita (At. 9,36-43) e teve uma visão que o levou a batizar a família do pagão Cornélio, em Cesaréia Marítima (At. 10–11).
JAVÉ
Nome do Deus de Israel, revelado a Moisés (cf. Ex. 3,14 e nota), que os judeus evitam pronunciar.JEJUM
É a abstinência total ou parcial de comida e bebida, e às vezes de relações sexuais. Tinha o caráter de auto-humilhação e acompanhava a oração. Era recomendada em grandes provações (cf. Dt. 9,18s; Ne. 1,4; Jl. 1,13s e nota), depois de um falecimento (2Sm. 3,35) ou para afastar calamidades (cf. Jn. 3,8 e nota). A Lei mosaica conhece apenas um dia de jejum oficial: o dia da Expiação (Nm. 29,7; At. 27,9). Após o exílio se introduziram outros dias de jejum, comemorando calamidades nacionais (Zc 7,3-19).
Os profetas mostraram a inutilidade da prática do jejum quando não acompanhada da conversão (Is. 58,1-5; Jr. 14,12). Por isso os fariseus, que jejuavam duas vezes por semana (Mt. 9,14; Lc. 18,12), foram criticados por Jesus (Mt. 6,16-18). Mas Jesus jejuou quarenta dias (Mt. 4,2) e incluiu a prática do jejum na vida normal da Igreja (Mc. 2,18-20).
JERICÓ
A mais antiga cidade da Palestina, no vale do rio Jordão, 20 km ao norte do mar Morto, que teria sido destruída por Josué (Js. 6,1-10). Jesus hospedou-se ali na casa de Zaqueu (Lc. 19,1-10).
JERUSALÉM
A teologia bíblica vê em Jerusalém uma cidade eleita por Deus (2Sm. 5-7); torna-se um novo Sinai (monte Sião) com uma nova Lei (2Rs. 22; Sl. 15,1-4; Is 2,3; Sl. 68,16-18; 48,2-6); torna-se o centro cultual de todas as tribos (Dt. 12,1-14; 14,22-26).
Mas Jerusalém está longe de ser o ideal duma cidade celeste (Is. 1,21-23; Jr. 11,1-13; Ez. 16; 23; Lc. 19,41-47; 21,5-36; Mt. 23,37-39); Deus pensa na construção de uma nova Jerusalém (Ez. 40–48; Zc. 14,1s; Is. 2,2-5; 60; At. 2,1-11) que é Cristo e o seu Corpo que é a Igreja (Jo. 2,18-22; 1Cor. 3,16-17; Ef. 5,22-30; Ap. 21–22; Gl. 4,22-31).Os cristãos viram na queda de Jerusalém (Mc. 13; Mt. 24) a realização das convulsões cósmicas anunciadas para os tempos messiânicos. Destruída Jerusalém no ano 70, os cristãos vêem na Igreja a nova cidade de Deus (Gl. 4,26; Hb. 12,22; Ap. 14,1 e 21,9-27).
Subia-se a Jerusalém em peregrinação porque era o lugar do sacrifício (Dt. 12,1–13,14; 14,22-26) e da manifestação da glória de Deus (Sl. 132,13-15; 134); é também a meta da esperança escatológica; lá se reunirão todas as tribos e nações (Is. 60; 35,6-10; Jr. 31,12-14; Ne. 12,31-38).
Os evangelhos, sobretudo Lc. 9,51s, organizam a vida de Jesus como uma subida a Jerusalém (Mt. 20,17-19; Mc. 10,32-34). João escreve o seu evangelho como uma sucessão de subidas a Jerusalém, prelúdios da última e definitiva (Jo. 2,13; 5,1; 7,1-10; 10,22s; 11,55s; 12,12).
Entrada em Jerusalém : Os profetas anunciam a entronização do Rei messiânico no monte Sião (Sl. 2,6; 110,1-3; Mq. 4,1-3; Zc. 8,20-22; 14,16-19).
Os evangelistas narram a entrada de Jesus nesta cidade como a entronização do Rei messiânico, pobre e humilde (Zc. 9,9; Mc. 11,1-7; Lc. 19,28-35). Os cânticos e os ramos da multidão são os próprios da Festa dos Tabernáculos que se realizava em setembro (Ne. 8,14-18; Sl. 118). Zc. 14,21 anuncia que não mais haverá comerciantes no Templo. Ver “Sião”.
JOÃO
Há cinco personagens bíblicos com este nome que significa “ o Senhor é favorável”:
1. João Batista, filho de Zacarias e Isabel, precursor de Jesus (Lc. 1,57-80). É de família aristocrático-sacerdotal (Lc. 1,5-7; 1Cr. 24,10; Nm. 18,9). É o novo Elias (Mt. 3,1-3; 11,14 e nota; Lc. 1,17; Ml. 3,1-2.23; Eclo. 48,10). É o novo Samuel que deve ungir o Rei-Messias (Lc. 1,7.15; 3,21s; 1Sm. 1,5-11 e 16,12s). É o profeta-monge, separado do mundo (Mt. 3,1; 11,7-10).
2. João Apóstolo e Evangelista, irmão de Tiago e filho de Zebedeu. A ele se atribui a autoria do Quarto Evangelho, de três epístolas e do Apocalipse. Junto com Pedro e Tiago forma o trio dos discípulos prediletos de Jesus (Mc. 9,2; 14,33), chamados “colunas da Igreja”(Gl. 2,9).
3. João Marcos, companheiro de Paulo e Barnabé na primeira viagem apostólica e autor do Segundo Evangelho (At. 12,12.25).
4. João Hircano (135-104 a.C), terceiro filho de Simão Macabeu (1Mc. 16,19-24).
5. João ou Jonas, pai do apóstolo Pedro (Mt. 16,17).
JORDÃO
Rio formado por três nascentes (Bânias, Dã e Hasban) que jorram aos pés do monte Hermon. Entra no lago de Genesaré (208 m abaixo do Mediterrâneo). Saindo do lago, atinge o mar Morto (a 394 m abaixo do nível do mar), 110 km ao sul, depois de percorrer 320 km de sinuosas curvas. No trajeto recebe alguns afluentes, como o Jarmuc e o Jaboc pela margem oriental. Embora não muito largo, são poucos os vaus que permitem atravessá-lo a pé.
JUDAS
Há seis personagens bíblicos com este nome:
1. Judas, o terceiro filho de Matatias (1Mc. 2,4), apelidado o Macabeu (maqqabah = martelo) por causa dos duros golpes infligidos aos inimigos do povo de Deus (1Mc. 3-6).
2. Judas o Apóstolo, identificado como Tadeu (Mt. 10,3; Lc. 6,16;).
3. Judas, “irmão de Jesus”(cf. Mc. 6,3; Mt. 12,46-50 e nota).
4. Judas, que morava em Damasco, com o qual Paulo se hospedou depois da conversão (At. 9,11).
5. Judas Iscariotes, que traiu Jesus (Mt. 10,4).
6. Judas o Galileu, que provocou uma revolta contra Roma (At. 5,37).
JUDÉIA
Denominação helenística e romana para a parte da Palestina habitada por judeus. No NT em geral é o distrito que, junto com a Samaria e a Iduméia, formava a província romana da Judéia (Lc. 3,1). A capital era Jerusalém, mas os governadores romanos moravam habitualmente em Cesaréia Marítima (At. 23,33). Ver mapa do NT.
JUSTIÇA (JUSTO)
A justiça no AT não é apenas distributiva, que consiste em “dar a cada um o seu”(cf. Ex. 23,6-8; Dt. 25,15) ou cumprir os deveres cívicos, mas inclui também a perfeição moral religiosa. Ser justo é não cometer maldade (Sl 15,2), agir de acordo com a vontade de Deus (Gn. 6,9; Ez. 14,20; 18,5), respeitar o direito dos fracos e dos pobres (Is. 28,6; Am. 1,3–2,8; 5,7). Praticar a justiça é amar ao próximo (Mt. 25,37.46; 1Jo. 3,10). Sem a prática da justiça o culto perde seu significado (Sl. 50; Is. 1,10-20; Eclo. 34–35). Só conhece a Deus quem pratica a justiça (Jr. 22,16).
Deus é justo enquanto age de acordo com a sua própria natureza. Ele pune os inimigos do povo eleito (Dt. 33,21) e os pecadores de Israel (Am. 5,20; Is. 5,16), mas também é fiel às suas promessas de salvação (Rm. 1,17), tornando o homem agradável a Deus pela graça (3,5.20-30).
No NT são chamados “justos” os que no AT esperavam o Reino, observando a Lei (Mt. 1,19; 21,32; Mc. 6,20; Lc. 23,50; At. 10,22.35). A justiça cristã é ainda conformidade com a Lei (Ef. 6,1; Rm. 2,12-14.25s; Mt 5,20–6,1; 23,4-7; Fl. 4,8; 1Ts 2,10). Devido ao pecado, a Lei torna-se insuficiente para conseguir a justiça (Rm. 3,20s; 7,7-13; Gl. 3,15-22).
Cristo é o único modelo desta justiça (Hb. 1,8; 1Jo. 3,7; 1Pd. 2,21): realizando-a com a sua morte e ressurreição (1Pd. 3,18-22; At. 3,15; Rm. 5,18; 1Cor. 1,30; 2Cor. 5,21).
A justiça cristã torna-se assim um dom de Deus através de Cristo (Rm. 3,21-31; 5,1-10; Fl. 3,9), é um estado novo e permanente (Ef. 4,20-24; 2,15), é uma participação na filiação divina (1Jo. 2,29; 3,7-10; Rm. 8,28-30). O Espírito Santo substitui a Lei como princípio interior de retidão: é a Lei da liberdade (Rm 8,2-11; Tg 1,25; 2,12). E um estado de santidade (Rm. 6,19; 1Cor. 1,30; Rm. 1,17; Fl. 3,9s). Esta justiça tem como fruto as “obras da luz”(Ef. 5,9-11; 6,14-18; Fl. 1,9-11; 2Tm. 2,22). 
LEPRA
Duvida-se que esta palavra nas traduções bíblicas indique a mesma doença que nós hoje conhecemos por lepra ou “mal de Hansen”. De fato, “lepra” nas versões da Bíblia traduz o termo hebraico sara‘at, que inclui qualquer doença de pele e mesmo manchas em paredes ou roupas (cf. Lv. 13–14 e notas).
Não se justifica, pois, pela Bíblia o ostracismo social em que nossa sociedade coloca os “leprosos”(hansenianos). O motivo pelo qual na Bíblia se isola o “leproso” não é o medo de um contágio por algum bacilo, mas o da impureza ritual (puro-impuro). Cristo curou o leproso tocando-o com a mão (Mc. 1,40-45), sem temor algum de contágio ou impureza, mostrando assim que a impureza que contamina é aquela que vem do coração (Mc. 7,15-23).
A lepra (hanseníase ou hansenose) que nós hoje conhecemos é uma enfermidade crônica, moderadamente contagiosa, com alterações principalmente na pele e nos nervos periféricos. Primeiros sinais: manchas mais claras na pele que se caracterizam pela “dormência”(insensibilidade à dor, ao frio e ao calor); aos poucos as inflamações nos nervos periféricos vão produzindo deformidades nas extremidades (mãos e pés). Hoje a ciência descobriu vários remédios que curam ou interrompem o processo da doença, sobretudo se a assistência médica for logo procurada. Feito o tratamento adequado a pessoa pode voltar ao seu trabalho e ao convívio familiar, sem perigo nenhum de contágio.
É, pois, um preconceito desumano, destruidor da fraternidade e nada cristão negar emprego ou vaga na escola a um hanseniano, ou, pior ainda, rejeitá-lo do convívio familiar.
LEVIRATO
O termo vem do latim levir, “cunhado”. Normalmente o casamento entre cunhados era proibido (Lv. 18,16; 20,21). Mas a lei do levirato obriga o cunhado a casar-se com a cunhada, quando esta ficou viúva sem ter tido um filho homem (cf. Dt. 25,5s e nota). O primeiro filho desta união era considerado filho e herdeiro do falecido. A finalidade principal de tal matrimônio era conservar o nome do falecido e a propriedade dentro do clã (cf. Gn. 38; Rt. 4,3-5; Mt. 22,24 e notas).
LEVITA
Na tradição israelita é um membro da tribo de Levi, o terceiro filho de Jacó e Lia (Gn. 29,34; 35,22-26). Mas originariamente “levita” era alguém que exercia funções sacerdotais. Com o tempo, todos os que exerciam funções sacerdotais foram identificados com a tribo de Levi. Mais tarde, quando o sacerdócio de Jerusalém passou a ser considerado o único legítimo, os sacerdotes que exerciam as funções fora de Jerusalém foram degradados à função de auxiliares do culto (1Cr. 23,4-6). Ver as notas em Nm. 3,11-13; 8,10-12; 18,20-25.
LIBERTAÇÃO
Ação pela qual uma pessoa ou um povo são tirados da escravidão, tornando-se livres. No AT o povo de Deus passou por duas experiências históricas de libertação: da escravidão do Egito (cf. Ex. 3,12; 19,1–24,11) e do cativeiro da Babilônia. No NT a libertação não é uma experiência político-temporal, mas sobretudo espiritual. Só Cristo pode libertar a pessoa humana (Jo. 8,32-36; Rm. 6,18-22) da Lei, do pecado e da morte (7,3-6; 8,2), para colocá-la a seu serviço e ao de seus irmãos (1Cor. 7,21s; 9,19).
MANÁ
Nome de alimento miraculoso que sustentou a caminhada de Israel pelo deserto. Sobre a origem e natureza do “maná”veja as notas em Ex. 16,15 e Nm. 11,7-9. O maná tornou-se símbolo da providência divina, do alimento dos tempos messiânicos e da Eucaristia (Jo. 6,31; 1Cor. 10,1-22; Hb. 9,4; Ap. 2,17).
MANUSCRITO
Como a imprensa é uma invenção moderna (1450), os livros antigos eram escritos à mão, donde “manuscritos”. Escrevia-se em tiras de couro ( pergaminho) ou papiro produzido no Egito, que eram enroladas, formando um rolo, ou dobradas para formar um códice.
MARIA
Conhecem-se várias Marias na Bíblia: 1. Maria Madalena, curada por Jesus, que assistiu sua morte e sepultura e o viu ressuscitado (Lc. 8,2; 24,10; Jo. 20,1.11.16).
2. Maria, mãe de Tiago Menor e José (Mc. 15,47; Mt. 27,56.61; Lc. 24,10).
3. Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro (Lc. 10,39.42; Jo. 1,11-12,3).
4. Maria, mãe de Marcos (At. 12,12).
5. Maria, uma cristã de Roma (Rm. 16,6).
6. Maria, ou Míriam, irmã de Moisés (Nm. 26,59).
7. Maria, mãe de Jesus (Mt. 1–2; Lc. 1–2).
MARIA (MÃE DE JESUS)
É a cheia de graça (Lc. 1,28): Indica a beleza e a fidelidade da esposa (Eclo. 26,13-15).
Maria, Filha de Sião : Os profetas convidaram a Filha de Sião a “alegrar-se” pela presença do Messias (Sf. 3,14-18; Zc. 2,14; Is. 12,6). Lucas (1,28-38) saúda a Virgem com um grito de alegria. Em At. 1,12-14, onde se narra o nascimento da “Nova Sião”(a Igreja), Maria encontra-se presente.
Maria, a bendita entre as mulheres (Jz. 5,24; Jt. 13,17s; Lc. 1,42). A aliança de Deus com Abraão é fonte de bênçãos (Gn. 12,2s; 13,16; 15,5; 17,2-6; 22,17). Deus abençoará o fruto das entranhas daqueles que lhe são fiéis (Dt. 7,12s; Lc. 1,42).
MEDIADOR
É o intermediário entre duas partes que procuram entrar em acordo. As religiões sentem necessidade de mediadores entre Deus e os homens. Moisés (Nm. 14,13-20), os anjos, os reis, os profetas e sacerdotes exercem esta função no judaísmo. As mediações do AT são insuficientes (2Cor. 3,6-9; Rm. 7,7-13; Gl. 3,10s; Hb. 10,1-11) para colocar o homem em comunhão com Deus. Jesus é o único verdadeiro mediador (1Tm. 2,5; Hb. 8,6; 9,14s), solidário com os homens (5,7-9), pelo qual temos acesso ao Pai (9,11-25; 12,24).
MELQUISEDEC
Rei e sacerdote que ofereceu pão e vinho após a vitória de Abraão sobre os sequestradores de Ló (cf. Gn. 14,18-20 e nota). É considerado uma figura de Cristo (Hb. 5,6.10; 7,1-18), eterno sacerdote.
MESSIAS
É “o ungido”, o rei elevado à sua dignidade por uma unção com óleo (1Sm. 10,1; 16,13; 2Sm. 2,4; 1Rs. 1,39). O termo é também aplicado a Ciro, rei dos persas (Is. 45,1). Pela unção a pessoa passa a gozar de uma relação especial com Deus e participa de sua autoridade (cf. 1Sm. 24,7; 2Sm 1,14). O Sumo Sacerdote também era ungido para exercer sua função (Lv. 4,3-16; 6,15). O termo “ungido” passou a designar o futuro rei (Dn. 9,25s), descendente de Davi, esperado pelos judeus (Mc. 10,47s). Em grego, Cristo corresponde ao hebraico “Messias”(Jo. 1,41; 4,25), tornando-se um título de Jesus (Rm. 1,1).
MIDRAXE
Exposição e ilustração da Sagrada Escritura, em uso no judaísmo, que visa aplicar o texto para o momento presente, exortando a bem viver (cf. Ez. 16; Is. 60–62; Sl. 78).
MILAGRE
Os judeus tinham um conceito de milagre bastante diferente do nosso. Todas as manifestações de Deus, na natureza e na história, eram para eles maravilhosas (Sl. 138,14; Jó. 5,9). Atribuem a Deus todos os acontecimentos, como a derrota dum inimigo, um vento impetuoso, um rumor de passos (1Sm. 14,22s.45; Gn. 24,12-21; Ex. 14,21-23; 2Sm. 5,24). A história do povo eleito, no seu conjunto, é um milagre (Ex. 7,10-13; Ne. 9,20s; 1Rs. 18,18-40; Is 7,10-14).
Também os magos faziam milagres (Ex. 7,10-23; 8,1-15; 9,8-26; Nm. 22–24). No entanto, os milagres só são sinais de Deus se houver fé (Ex. 7,3-9; Dt. 4,34; 6,22).
A essência do milagre na Bíblia está em ser ele um sinal do poder e da misericórdia de Deus (cf. Dt. 13,2-6 e nota). O que importa é esta função de sinal e não o fato de estar acima das assim chamadas “leis da natureza”. Aliás, o israelita não distinguia entre causalidade natural e ação direta de Deus (Sl. 19,1-7; 104; 135,6s; Jó. 38). Por isso não distinguia entre sinais “naturais” e “sobrenaturais”. Também os milagres de Jesus são vistos como sinais da bondade divina, que provocam experiências de salvação (Mt. 12,38s; Mc. 8,11s) e levam a crer na doutrina e na pessoa de Jesus (Jo. 2,11.18.23). Os milagres são sinais do Reino de Deus que vence a Satã (Mt. 12,28; At. 2,22; 10,38).
MILAGRES DE JESUS
–Cego: Mc. 8,22.
–Cego Bartimeu: Mc. 10,46.52; Lc. 18,35.
–Cego de nascença: Jo. 9.
–Criado do oficial romano: Mt. 8,13; Lc. 7,1s.
-Curas em massa: Mt. 4,23; Mc. 1,34; Lc. 8,2.
–Figueira amaldiçoada: Mt. 21,19; Mc. 11,13.
–Filho do oficial romano: Jo. 4,46.
–Hidrópico: Lc. 14,2.
–Jesus aparece no lago de Tiberíades: Jo. 21,1.
–Jesus caminha sobre as águas: Mt. 14,25.
–Jesus envia o Espírito Santo: At. 2,1s.
–Jesus passa incólume pelos inimigos: Lc. 4,29s.
–Jesus passa por portas trancadas: Jo. 20,19.
–Leprosos (dez): Lc. 17,12.
–Mão seca: Mt. 12,10.
–Mulher encurvada: Lc. 13,11.
–Mulher que sofria de hemorragia: Mt. 9,20; Mc. 5,25; Lc. 8,43.
–Multiplicação dos pães, primeira: Mt. 14,19; Mc. 6,43; Lc. 9,12; Jo. 6,10; segunda: Mt. 15,32; Mc. 8,5.
–Orelha de Malco: Lc. 22,50.
–Paralítico: Mt. 9,2; Mc. 2,3; Lc. 3,18.
–Pesca milagrosa: Lc. 5,5-10.
–Possessa, filha da mulher cananéia: Mt. 15,22; Mc. 7,24.
–Possessa, Maria Madalena: Mc. 16,9; Lc. 8,2.
–Possesso: Mc. 1,23; Lc. 4,31s.
–Possesso cego e mudo: Mt. 12,22.
–Possesso, menino: Mt. 17,14; Mc. 9,16s; Lc. 9,38.
–Possesso mudo: Mt. 9,32; Lc. 11,14.
–Possessos de Gérasa: Mt. 8,28; Lc. 8,30.
–Ressurreição: Mt. 28,2; Mc. 16,1; Lc. 24,1; Jo. 20,1.
–Ressuscita a filha de Jairo: Mt 9,25; Mc. 5,41; Lc. 8,54.
–Ressuscita Lázaro: Jo. 11,1s.
–Ressuscita o jovem de Naim: Lc. 7,11.
–Sogra de S. Pedro: Mt. 8,15; Mc. 1,31; Lc. 4,38.
–Surdo-mudo: Mc. 7,32.
–Tempestade no lago: Mt. 8,24; Mc. 4,37; Lc. 8,22.
–Transfiguração: Mt. 17,2; Mc. 9,1s; Lc. 9,28.
–Trevas na morte de Jesus: Mt. 27,45; Mc. 15,33; Lc. 23,44.
–Vinho feito de água em Caná: Jo. 2,1-11.
MINISTÉRIOS
Ver “Carisma”, “Bispo”, “Sacerdote”, “Diácono”.
MISERICÓRDIA
O termo hebraico “hesed ”(misericórdia) designa todos os laços que ligam os membros de uma comunidade: favor, benevolência, afeto, bondade (Gn. 20,13; 47,29; 1Sm. 20,8-15; Sl. 36,6-11).
No começo da aliança fala-se exclusivamente da misericórdia de Deus, no sentido de amor gratuito (Dt. 7,7-13; 9,4-6; Ez. 16,3-14; 2Sm 7,12-15; Is 54,10; Dn. 9,4).
Misericórdia de Deus é amor aos mais pobres, entre os quais sobressaem os pecadores (Is. 14,1s; 49,13-15; Lc. 10,29-37; Jo. 10,1-21; Ex. 34,6s; Is. 27,11; 30,18; Lc. 7,36-50; 15,1-32).
Esta graça e misericórdia de Deus corporizam-se em Cristo (2Cor. 5,18-21; 8,9; Gl. 2,21; Hb. 2,5-13; Ef. 2,4-7; Cl. 2,13s; Tt. 2,11; 3,4).
A misericórdia do homem, como resposta à misericórdia de Deus, é mais importante que os atos de culto (Os. 6,6; Mt. 5,7; 9,10-13; 12,1-7; 23,23; Lc. 10,29-37; 6,36-38; 13,6-9; 15,1-32).
MISSA
Ver “Eucaristia”.
MISSÃO
Deus enviou seu Filho a este mundo para salvá-lo e lhe dar a vida (Jo. 10,36; 16,27s; 6,38; Lc. 4,18; 19,10). O Pai e o Filho enviam o Espírito Santo (Jo. 14,16; At. 2,1-11). Jesus enviou os apóstolos pelo mundo para continuarem a sua missão (Mc. 3,13; 16,15s; Mt. 10,1-42; 28,18s; Jo. 20,21).
MISTÉRIO
No mundo grego “mistério” eram cerimônias religiosas secretas, nas quais tomavam parte apenas pessoas iniciadas. “Mistério” tem o sentido geral de “coisa oculta, obscura, secreta”. No NT o termo é usado não tanto no sentido de algo incompreensível à razão, mas como revelação: “Mistério” são as ações de Deus para estabelecer o seu reino (Mt. 13,35; Ap. 10,7), por meio de Jesus Cristo e da Igreja (Ef. 1,9s; 3,1-9; Cl. 4,3); é a sabedoria divina revelada em Cristo (1Cor. 2,7s; Cl. 1,25-27; 1Tm. 3,16), especialmente o plano de Deus, inacessível ao homem mas revelado por Jesus Cristo, de salvar todos os homens (Rm. 16,25s).
MOAB
Um dos filhos de Ló. A origem dos moabitas, descendentes de Moab, é descrita de modo vergonhoso (cf. Gn. 19,30-38 e nota), por causa de sua constante rivalidade com os israelitas (Nm. 22,1-4; Is. 15; Jr. 48; Ez. 25,8-11). Ver “Amon”.
MOCIDADE
Idade das paixões (Sl. 25,7; Ecl. 11,9s; Jr. 31,19; 2Tm. 2,22; Tt. 2,6); temor de Deus (Sl. 119,9; Ecl. 12,1; Eclo. 51,13-15; 1Pd. 5,5); disciplina necessária (1Sm. 2,26; Pr. 1,8s; 4,1; Eclo. 6,18-20; 25,3; Lc 2,46; 1Pd .5,5).
MOEDA
Inicialmente as transações comerciais se faziam pelos sistemas de permuta de mercadorias. Depois as mercadorias passaram a ser avaliadas por unidades de peso de metal precioso (ouro ou prata). O costume de cunhar moedas, enquanto dinheiro garantido pelas autoridades quanto ao peso e pureza do metal, foi introduzido no séc. VI a.C pelos persas. No tempo de Cristo circulavam na Palestina moedas romanas, gregas e locais, cunhadas em ouro, prata e bronze. Sobre o tipo e valor das moedas, veja a tabela específica.
MOISÉS
O nome é de origem egípcia (cf. Ex. 2,10 e nota). Casado com uma madianita (2,11-22) ou etíope (Nm. 12,1), Moisés é apresentado na tradição bíblica como um homem de origem israelita. É o libertador dos israelitas da opressão egípcia, promulgou as leis de Deus e conduziu o povo a Canaã, mas morreu sem ali entrar. A ele se atribui a “Lei de Moisés”, um cântico (Dt. 32,1-43), uma bênção (33,1-29) e um salmo (90).
Para o judaísmo Moisés é o personagem mais importante da história da salvação, uma figura do Messias (Dt. 18,15-18). No NT é visto como mensageiro de Deus e mediador da Lei, que recebeu no Sinai; é a testemunha e o modelo de fé (At. 7,17-44; Hb. 11,23-29). Mas Jesus lhe é superior como chefe, redentor, legislador e profeta (Mt. 17,3; Jo. 1,45; At. 7,35; Hb. 3,2s). Ver “Lei de Moisés”.
MONTANHA
Em oposição ao Egito e à Babilônia, a Palestina é uma região de montanhas; por isso a expressão “subir do Egito” ou “subir a Jerusalém”. Montanhas caracterizam a região da Judéia, Samaria e Galiléia em oposição à planície costeira do Mediterrâneo.
A montanha é considerada habitação da divindade. Por isso os santuários se localizavam muitas vezes no topo dos montes ( lugares altos).
Foi nos montes Sinai (Dt. 33,2) e Tabor (Mt. 17,1-8) que Deus se revelou. A colina de Sião, sobre a qual estão Jerusalém e o templo, é a montanha “onde o Senhor habitará para sempre”(Sl. 68,17) e implantará seu reino escatológico (Is. 2,2-5).
MORTE
É o destino universal do homem (Js. 23,14; 1Rs. 2,2; Ecl. 12,7). A Escritura não reflete sobre a morte como processo fisiológico. Mesmo quando diz “exalou o espírito” ou “Deus retira o hálito de vida” não se refere à alma em sentido atual, mas à aparência externa da cessação de respiração (Jó. 34,14; Ecl. 12,7; Mt. 27,50; Lc. 23,46; Jo. 19,30).
A morte repentina e prematura é considerada efeito da ira de Deus (Jó. 15,32; Sl. 55,24; Nm. 27,3), especialmente a morte dos pecadores (Sl. 34,23; Pr. 11,7; Eclo. 41,1; Lc. 16,22).
Deus é o Senhor da vida e da morte (1Sm 2,6; Jó 14,5). Esta aparece como hostil a Deus, pertencendo ao império de Satã (1Cor. 15,26; Ap. 6,8; 20,12s; Hb 2,14).
A morte é vista como conseqüência do pecado (Gn. 2,17; 3,19; Sb. 2,23s; Eclo. 25,24; Rm. 5,12; 1Cor. 15,21s).
O Xeol é o reino da morte, considerado como uma gruta subterrânea debaixo das águas do abismo (Gn. 37,35; 1Rs. 2,6; Pr. 9,18; Jó. 10,21s).
No AT é difícil encontrar a idéia de uma vida para além da morte. Contudo, alguns textos mais tardios falam duma futura ressurreição (Dn. 12,2; 2Mc. 7,9.11.14.23) e de uma vida junto de Deus (Sb. 5,15s; 6,18s).
No NT Cristo aniquilou a morte com a sua própria morte (Rm. 5,6-8; 2Cor. 5,14s; Gl. 3,13; Cl. 1,18).

NÚMEROS
Os números na Bíblia, além de seu valor aritmético exato, têm um valor simbólico. Assim, por exemplo, sete significa um número elevado (sete dias, sete anjos, sete demônios, perdoar sete vezes); 12 (tribos, apóstolos); 40 (dias de chuva, de oração no Sinai, de jejum de Jesus, dias da Ascensão). Muitas vezes os números elevados na Bíblia são fruto do exagero, próprio dos orientais (cf. Nm 1,21; Jz 16,27 e notas), para dar importância aos fatos.
NUVEM
Em muitas religiões as nuvens pertencem à esfera do divino. Por isso são elemento integrante das teofanias ou aparições divinas. A coluna de nuvens é a presença divina que acompanha e protege os israelitas na saída do Egito (Ex 13,21). Nuvens envolvem o monte Sinai (19,16) e uma nuvem envolve a tenda da reunião (Nm 9,15-23 e nota), a cena da transfiguração e a da ascensão de Jesus (Lc 9,34; At 1,9). Quando Cristo voltar, na segunda vinda, virá sobre as nuvens do céu (Mc 14,62).ORAÇÃO
Algumas orações do AT (Gn 18,23-33; Ex 15,1-18; Nm 14,13-19; 1Sm 1,11; 2,1-10; 2Sm 7,18-29; 1Cr 16,8-36; 29,10-20; 1Rs 8,23-53; 2Rs 19,15-19; Esd 9,6-15; 2Mc 1,24-29; Tb 3,1-6.11-15; 8,7-10; 13,1-18; Jt 9,2-18; Est 4,12-30; Jr 17,12-18; 20,7-18; 32,7-15; Dn 3,26-45.52-90; Jn 2,3-10; Hab 3,1-19).
Oração de Jesus (Lc 3,21; 5,16; 6,12; 9,29; 11,1; 22,32; Mc 1,35; 6,46; Mt 14,23; 26,36-46; Jo 11,41s; 17,1-26). Jesus ensinou a orar (Lc 11,1-13; 18,9-14; Mt 6,5-13; 7,7-11; 18,20).
Oração da Igreja primitiva (At 2,42-47; 4,23-31; 12,5; 16,25; Rm 1,9; 1Cor 14,13-19;1Ts 1,2 ; 2Tm 1,3; Ef 5,20).
Oração de louvor (Sl 34,2; 117,1; Dn 3,51s; Lc 19,37s).
Oração de agradecimento (Sl 107,1; Ef 5,20; Cl 3,7; 1Ts 5,18).
Oração de petição (2Cor 1,11; Cl 1,9; 1Ts 1,2; 5,25).
Oração por si, sobretudo no sofrimento (Sl 50,15; 120,1; Mt 21,22; Tg 5,13).
OPERÁRIOS
Submissão (Mt 8,9; Rm 13,5; Ef 6,5-8; 1Ts 4,11; 1Tm 6,1s; 2Tm 2,24; Tt 2,9s; 1Pd 2,18s. –O prêmio do operário (Eclo 10,27; Lc 12,43; Cl 3,22-24; 2Ts 3,10; 1Pd 2,18s). –Devem defender seus direitos com prudência (Eclo 8,1-4; 1Cor 6,1-9; 1Tm 6,8; Tg 4,1). –O sofrimento dos trabalhadores injustiçados é grande (Jó 24,1-12; Ecl 4,1-6; Mq 1,1s; Am 2,6-8).
ORÁCULO
É a resposta recebida da divindade a uma consulta que o fiel fazia através de um sacerdote, profeta ou vidente (Dt 33,8; 1Sm 9,9; 28,6), sobre o futuro ou o êxito de alguma iniciativa. A expressão “oráculo do Senhor”, freqüente nos livros proféticos, caracteriza o discurso em primeira pessoa, ou pronunciamento de Deus, do qual o profeta é o porta-voz junto ao povo. Ver “Palavra”.
ORDENS SACRAS
Instituídas por Cristo (Lc 22,19); são conferidas pela imposição das mãos (At 6,6; 13,1-3; 14,22); conferem graças (1Tm 4,14; 2Tm 1,6).

PAGÃO
Do latim paganus, “camponês”, o que vive nas vilas do interior. Nome dado aos não-cristãos que tiveram de retirar-se para o interior em conseqüência da expansão do cristianismo no mundo romano. Na Bíblia “pagão” designa o não-judeu (Mt 5,47; 6,7), chamado também gentio, em oposição ao povo eleito. Mesmo desconhecendo a Deus (Gl 2,14s) os pagãos são guiados por ele (Is 45,14-25; Mt 8,10; At 14,16) e chamados à fé (Rm 9-11). Ver “Grego”.
PAI
Pai terreno: A autoridade paterna é protegida pelo decálogo (Ex 20,12; Dt 5,16). Rebelar-se contra o pai, maldizê-lo ou bater-lhe eram crimes castigados com a morte (Ex 21,15-17; Dt 21,18-21). A literatura sapiencial insiste no respeito aos pais (Eclo 3,1-16; Tb 4,3-5; Pr 1,8; 4,1; 6,20). Os pais, por sua vez, têm obrigações para com os seus filhos: devem amá-los (1Sm 1,11-20; Mt 7,9; Lc 11,11; Tt 2,4); devem educá-los (Dt 6,20s; 32,46; Dn 13,3); vigiá-los (Eclo 26,10s; 42,9-11; 1Tm 5,8); castigá-los (1Sm 3,13; Pr 13,24; 22,15; 23,13s; Eclo 42,5), mas sem ira (Pr 19,18s; Eclo 20,2; Cl 3,21; Ef 6,4); devem dar-lhes o bom exemplo (Ez 16,44; 2Mc 6,28; 7,20-22; 2Jo 4).
Jesus confirmou o sentido do quarto mandamento (Mc 7,10-13; 10,19; Mt 15,4-7).
As exigências do amor de Deus podem levar a renunciar ao amor paterno (Mt 8,21s; 10,37; 19,29; Lc 9,59s; 14,26).
PARÁBOLA
É o desenvolvimento de uma comparação de dois termos, resultando numa narrativa. Por exemplo, a comparação “A palavra de Deus é como a semente” foi desenvolvida na parábola do semeador. A parábola é uma historieta inventada, mas baseada em fatos corriqueiros da vida. Como na comparação, assim também na parábola os termos devem ser tomados no sentido próprio. Na parábola, porém, o confronto não se verifica entre dois termos, e sim entre duas situações. É desse confronto que se deve tirar o ensinamento, fim principal da parábola.
Parábolas de Jesus:
- Administrador infiel: Lc 16,1-13.
- Amigo importuno: Lc 11,5-8.
- Avarento insensato: Lc 12,16-21.
- Bodas do filho do rei: Mt 22,1-14.
- Bom Pastor: Jo 10,1-16.
- Bom samaritano: Lc 10,30-37.
- Casa sobre rocha: Mt 7,24-27; Lc 6,47-49.
- Cem moedas de prata: Lc 19,11-26.
- Dez virgens: Mt 25,1-13.
- Dois devedores: Lc 7,41s.
- Fariseu e o cobrador de impostos: Lc 18,9-14.
- Fermento: Mt 13,33; Lc 13,20s.
- Figueira estéril: Lc 13,6-9.
- Filho fingido: Mt 21,28-32.
- Filho pródigo: Lc 15,11-32.
- Grande ceia: Lc 14,16-24.
- Grão de mostarda: Mt 13,31s; Mc 4,30-32; Lc 13,18-21.
- Grão de trigo: Jo 12,24.
- Joio entre o trigo: Mt 13,24-30.36-43.
- Juiz iníquo: Lc 18,1-8.
- Lavradores homicidas: Mt 21,33-46; Mc 12,1-12; Lc 20,9-19.
- Moeda perdida: Lc 15,8-10.
- Ovelha extraviada: Mt 18,12-14; Lc 15,1-7.
- Pai de família: Mt 13,52.
- Pérola preciosa: Mt 13,45s.
- Rede de pesca: Mt 13,47-50.
- Rei que vai guerrear: Lc 14,31-33.
- Rico avarento e o pobre Lázaro: Lc 16,19-31.
- Roupa velha: Mt 9,16; Mc 2,21; Lc 5,36.
- Semeador: Mt 13,1-9.18-23; Mc 4,3-20; Lc 8,4-15.
- Semente que cresce: Mc 4,26-29.
- Servo cruel: Mt 18,23-35.
- Servos inúteis: Lc 17,7-10.
- Servos vigilantes: Mt 24,42-51; Lc 12,35-48.
- Talentos: Mt 25,14-30.
- Tesouro no campo: Mt 13,44.
- Torre a ser construída: Lc 14,28-30.
- Trabalhadores na vinha: Mt 20,1-16.
- Videira e ramos: Jo 15,1-8.
- Vinho novo: Mt 9,17; Mc 2,22; Lc 5,37-39.
PARÁCLITO
Significa “advogado”, “consolador”. Termo com que João designa o Espírito Santo e sua função em relação a Cristo e na Igreja (cf. Jo 14,16 e nota).
PARAÍSO
Termo grego que traduz o hebraico “jardim do Éden”, ou de delícias. É o símbolo da alegria e da felicidade (Gn 2,15), da morada da divindade (Ez 28,12-19). No NT é o lugar onde se espera viver a felicidade eterna com Deus (2Cor 12,4; Ap 2,7). Para o judaísmo era o lugar onde ficavam os mortos à espera da ressurreição (Lc 16,23; 23,43). Ver “Éden”.
PÁSCOA
Principal festa do judaísmo, que comemora a maravilhosa libertação dos hebreus do Egito, pela passagem do mar Vermelho (cf. as notas em Ex 12,1–13,16; Lv 23,5-8; Nm 9,1-14). A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus no domingo após o dia 14 de Nisã, data da Páscoa judaica (Lc 24,1; At 20,7; 1Cor 16,2; Ap 1,10). É a memória do sacrifício de Jesus na cruz, a nova vítima pascal (1Cor 5,6-8; 11,26), e de sua vitória sobre a morte pela ressurreição. Ver “Festa”.
PASTOR
A figura do pastor era muito familiar na Palestina e no Médio Oriente. Diariamente o pastor sai com suas ovelhas para conduzi-las às pastagens ou, em determinados momentos, às fontes. De tarde reconduz as ovelhas ao curral. Na literatura universal o pastor tornou-se a figura do guia, político ou religioso, de uma comunidade. Em Israel os reis (cf. Ez 34,2-6 e nota), os sacerdotes e os profetas são chamados pastores.
Diante da infidelidade destes pastores, Deus promete ele mesmo tomar conta de seu povo, por meio do pastor fiel, o descendente de Davi (Jr 23,1-6). Jesus se apresenta como o bom pastor, solícito pelas suas ovelhas a ponto de dar por elas a própria vida (Jo 10,1-18). Após a ressurreição, Jesus constitui Pedro como pastor para tomar conta de seus discípulos em seu lugar (21,17).
PATRÕES
Devem usar de justiça (Lv 19,13; Dt 5,12-14; 24,12-15; Tb 4,15; Eclo 34,26-27; Ml 3,5; Mt 7,2; 10,10; Rm 4,4; Tg 5,4); devem respeitar os direitos humanos (Lv 25,43; Eclo 4,30; Ef 6,9; Cl 4,1).
PAULO
Em hebraico Saulo, é um judeu de Tarso, da tribo de Benjamim, cidadão romano de nascença (At 16,21.37s; 22,25-29; Fl 3,5). Perseguiu os discípulos de Jesus, mas depois converteu-se (At 9,1-30), tornando-se o apóstolo dos pagãos. Empreendeu três grandes viagens missionárias (At 13–14; 15–18; 19–21). A ele são atribuídas catorze epístolas, havendo dúvidas quanto à autoria de algumas, como as epístolas aos Efésios, a Timóteo, a Tito e aos Hebreus (ver as respectivas introduções ). É inegável a influência da doutrina de Paulo nos outros escritos do NT e na vida cristã em geral.
PAZ
O conceito “paz”(xalom em hebraico) é muito rico na Bíblia. Ter paz é ser completo, inteiro; é gozar de prosperidade material e espiritual; é manter boas relações entre pessoas, famílias e povos. Paz é o oposto de tudo quanto perturba a prosperidade e as boas relações. É um dom de Deus, concedido a Israel em virtude da aliança (Nm 25,12; cf. 6,22-26).
Quando Israel é fiel à aliança, goza de paz; quando é infiel, perde a paz, mas pode recuperá-la pela conversão (Lv 26). Em meio a tantas guerras, os profetas anunciam a paz para os tempos messiânicos, paz entre Deus e os homens, e entre os homens e animais (Is 2,2-4; 9,5s; 11,6-9; 60,17s; Os 2,20; Am 9,13s; Zc 8,9-13).
PEDRO
Recebe um novo nome que significa a sua nova função (Jo 1,41s; Mt 16,17s).
Ocupa o primeiro lugar como rocha da Igreja (Lc 6,14; 8,45; 9,32s; 12,41; Mt 16,13-20; Jo 21,15-17). É a primeira testemunha da ressurreição (At 1,15-20).
Pedro faz-se missionário (At 8,14-25; 9,32–10,48; Gl 2,8).
Os milagres proclamam a sua ação messiânica (At 3,1-8; 9,31-43).
Predição, pecado e arrependimento de Pedro (Mt 26,30-35; Jo 13,36-38; 18,15-27; Mt 26,69-75; Lc 22,54-61).
PENITÊNCIA
É metanóia –conversão –mudança de vida (2Sm 12,14-23; Is 1,16-19; Jl 2,12-19; Ez 18,30s; 33,10s; Lc 13,4s; 24,46s; Mt 3,2.8; 11,21s; Lc 13,3; Ap 2,5; At 3,19; Ef 4,20-24; 1Jo 1,8-10).
A penitência deve ser interior (Is 58,5-7; Jr 4,4; 9,24s; Rm 2,29; Cl 2,11; Gl 5,6; 6,15), mas manifesta-se também em ritos exteriores (Lv 4–5; 16,1-19; Nm 29,7-11; Lc 5,8; 18,9).
É uma virtude: Dt 4,9; Jó 42,6; Sl 51,10; Eclo 2,18; 1Cor 11,31; Cl 3,9.
O Batismo –sacramento da penitência ou da conversão: Batismo de João (Mt 3,6; Mc 1,4s; Lc 3,3-14). Batismo cristão (At 2,38; 3,19; 5,31; 11,18; 17,30; 22,16; 26,20).
PENTATEUCO
O termo vem do grego e significa “cinco rolos”, isto é, os cinco primeiros livros da Bíblia, chamados também “Lei de Moisés”(2Cr 23,18) ou “Lei”(Ne 8,2). Os samaritanos reconhecem apenas o Pentateuco como canônico. Ver Introdução geral.
PERDÃO
O poder de perdoar é um poder messiânico, pertence ao “Messias-Juiz”(Is 33,24; Jr 31,34; 33,8; Ez 16,63; 36,25-33). Está ligado ao dom do Espírito (Ez 36,27; Is 11,1-3; Jo 20,19-23). É um poder do Filho do homem (Mt 9,3-7; Lc 7,48s; cf. Dn 7,13s).
O perdão de Deus está subordinado à fé do pecador arrependido (Mt 9,1-8; Lc 5,17-26; 7,48-50; At 10,42s; 13,38; 26,18). Esta fé pode ser também a de uma comunidade (Mc 2,2-5).
O poder de perdoar dos ministros da Igreja (Mt 9,8; 16,19; 18,28; Jo 20,19-23).
Os cristãos devem ser portadores do perdão de Deus (Mt 5,23-26; 6,12-15; 18,21-25; Lc 11,4; 17,3s; 2Cor 2,5-11). Devem perdoar até aos inimigos (Eclo 28,1-7; Mt 5,44s; 6,12; 18,21s.35; Lc 6,36; 17,3; Rm 12,17-19; Ef 4,32; 1Ts 5,15; 1Pd 3,9; 1Jo 2,11).
PEREGRINAÇÃO
O Êxodo é uma peregrinação para a Terra Prometida, para o país da liberdade. As peregrinações a Jerusalém situam-se neste movimento (Sl 48; 84; 121–122; Dt 16,16s; Lc 2,41). Também o regresso do Exílio é previsto como uma peregrinação processional (Is 35,6-10; 60; Jr 31,12-14; Ne 12,31-40).
A entrada dos pagãos na Igreja é descrita como uma peregrinação-procissão (cf. Is 60; Mt 2,1-12).
PERGAMINHO
Pele de cabra, ovelha ou de outro animal, que é raspada e polida para servir de material de escrita. O método de preparar o pergaminho foi inventado e aperfeiçoado na Ásia Menor, graças a um boicote. O rei de Pérgamon (hoje Bérgama, na Turquia), Ecumênio II (197-159 aC), queria fazer da biblioteca real de 200.000 manuscritos a maior biblioteca do mundo. Diante destes esforços, o rei do Egito boicotou a exportação de papiro, para salvaguardar a primazia cultural de Alexandria. O novo material de escrita inventado em Pérgamon foi chamado “pergaminho”. Em razão de sua durabilidade difundiu-se no mundo greco-romano. Os mais antigos códices da Bíblia são de pergaminho. Ver “Manuscrito”.
PERSEGUIÇÃO
É a sorte dos profetas (1Rs 19,1-18; Jr 13-18; Is 28,9s; Lc 11,49s; Mt 22,6s; 23,34-39; At 7,51s).
Cristo é o Servo de Javé perseguido (Is 53; Sl 69; Mt 2,13-21; Mc 3,6.22; Lc 4,28-30; Jo 11,47-54; 16,1-4; Mc 14,43–15,47; At 8,26-35).
A perseguição é um exercício expiatório da Igreja (Fl 3,10; Rm 8,17; 1Pd 4,13); é a glória dos discípulos de Cristo (Mt 5,10-12; 10,17-22; Rm 8,35; 1Cor 4,12; 2
1Cor 4,9; 12,10; 2Tm 3,12).
PERSEVERANÇA
A perseverança bíblica é a confiança em Deus e resistência ao mal (Sl 25,2; Eclo 22,18; Tg 5,10s).
O justo persevera, esperando a intervenção de Deus (Jó 6,8-13; 15,31; Mt 24,13; Mc 13,13).
UNIVERSALISMO
No AT aparecem certos impulsos universalistas (Gn 22,18; Is 2,2-4; Mq 4,1-3). Anuncia-se até a conversão dos pagãos (Is 66,18-24; Zc 2,15; Ml 1,11). Recordam-se personagens que não pertencem ao povo bíblico (Gn 14,18; Js 2,1; Rt 4,10).
Mas predomina a tendência ao fechamento, para não se contaminar (Dt 7,1-8; Ex 19,5).
Segundo os Evangelhos, Cristo nega-se a fazer apostolado entre os pagãos (Mt 10,5; 15,24; Mc 7,27). Acolhe, contudo, alguns estrangeiros (Mt 8,5-10; 15,28). Ante a recusa dos judeus, anuncia a passagem aos gentios (Mt 21,43; Lc 13,28). Após a ressurreição aparece a missão universalista (Mt 28,19; Mc 16,15; At 1,8).
A redação dos Evangelhos deixa transparecer a preocupação por afirmar o universalismo; magos (Mt 2,1-12), centurião romano (Mc 15,39), Simeão (Lc 2,29-32).
O universalismo da Igreja foi uma dura conquista (At 8,5; 10,1–11,26; 15,1-33; Gl 2,1-14; 5,11; Ef 1,1s; Cl 1,15-29).
O Apocalipse vê todas as raças na Jerusalém celeste (Ap 7,9; 21,24-26).
UNIDADE
Todos os membros da Igreja receberam dos apóstolos a mesma vida cristã, que devem aceitar pela fé (1Cor 1,10-16; Rm 10,14-17; 1Ts 1,8; Cl 2,6s; Gl 1,6-9).
Fé-Batismo-Espírito são os três laços que unem os cristãos (Rm 10,9-11; Gl 2,16-20; Ef 3,17; 4,1-6).
Cristo, Cabeça da Igreja e centro de unidade do universo (Cl 1,18-20; 2,9s; Ef 1,9.22; Jo 17,21-26).
Serviço pastoral, fonte de unidade na Igreja (Mt 16,18s; 12,25; 18,15-18; Lc 22,32).
Paulo prega o mistério de Cristo que realiza a unidade entre judeus e gentios (Ef 1,22; 2,13-18; 1Cor 12,13; Cl 3,10s).
Alegorias paulinas que exprimem a unidade da Igreja (1Cor 3,6-16; Rm 11,17-29; 2Cor 11,2-6; Ef 4,2-6).
Unidade na variedade dos carismas (1Cor 12–14; Ef 4,1-16; Fl 2,1-5). Ver “Eucaristia, sacramento da unidade”.
URIM E TUMIM
Ver Ex 28,30 e nota.
VAIDADE
Prevenir-se contra (Sl 119,37; Ecl 1,2; 2,1.11.15; Is 5,21; 1Pd 3,3-5). Exemplos (2Sm 24,9-15; Is 39,1-6; Mt 23,4-7; At 12,21-23). Vaidade feminina (2Rs 9,30; Is 3,16-24; Jr 4,30; 1Tm 2,9; 1Pd 3,3-5).
VULGATA
Tradução da Bíblia feita por S. Jerônimo entre 385 e 405 dC, em parte dos originais gregos, hebraicos e aramaicos, em parte aproveitando traduções latinas anteriores. Chama-se “Vulgata” por ter sido traduzida para a linguagem então falada pelo povo no Império Romano. Esta tradução tornou-se o texto que a Igreja Católica usa ainda hoje em seus documentos oficiais. Mas as traduções da Bíblia em línguas modernas são, hoje em dia, feitas diretamente dos originais.
ZACARIAS
Há três personagens com este nome, que significa “o Senhor se recorda”:
1. Um profeta assassinado no templo (2Cr 24,20-22; Mt 23,35);
2. Um profeta que exortou os judeus a reconstruir o templo (Esd 5,1);
3. Um sacerdote da classe de Abias, esposo de Isabel e pai de João Batista (Lc 1,5-67; 3,2).
ZELO
O Deus de Israel é um Deus único e ciumento (Ex 3,14; 20,3-6; 34,14; Dt 32,16s; Js 24,19-24). É um fogo devorador (Dt 4,24; Is 33,14; Sf 1,18).
Os profetas são homens devorados pelo zelo de Deus (Nm 25,11; 1Rs 19,14; Eclo 48,2; Sl 69,10). O mesmo zelo ardia no coração de Cristo (Mt 21, 12s).
O reino de Deus não suporta a tibieza (Ap 3,19; Mt 11,12; Tt 2,14). Este zelo exprime-se na oração e no culto (Nm 14,13-19; Ez 20,9-14; 36,21-23; Jo 14,21; Mt 6,9-13; Lc 11,2-4).
Paulo estava cheio de zelo pela conversão dos hebreus e dos pagãos (Rm 9,3; 10,19; 11,11-14).
Existe um falso zelo: o daqueles que querem sobrepor a justiça da Lei à liberdade cristã (Mt 23,15; At 21,20; Rm 10,2; At 5,17; 13,45; 17,5): o de Paulo antes da conversão (At 22,3; Fl 3,6; Gl 1,13); o dos zelotes (At 5,35-39; 23,12-15).
O zelo cristão não é áspero, é animado pela caridade e paciência (Tg 3,14-18; Lc 9,51-56; Mt 13,24-30.36-43).
ZELOTES
É o sobrenome do apóstolo Simão (Lc 6,15). Era também o nome de um partido revolucionário e nacionalista, muito ativo entre o ano 6 e 70 dC. Seus membros eram fanáticos opositores da dominação romana. Seu ideal era estabelecer uma teocracia, expulsando pela força os dominadores estrangeiros (At 5,37).

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