“Missão", do verbo latino "militere", significa "enviar, mandar".
No Antigo Testamento, refere-se a uma ordem recebida de Deus, para levar sua mensagem a uma pessoa ou a uma nação.
No Novo Testamento, refere-se à tarefa que Deus delegou a Cristo, que, por sua vez, incumbiu aos seus apóstolos.
Gramaticalmente, significa "ação de mandar, comissão, encargo, incumbência, comissão diplomática, ordem divina conferida num propósito espiritual". (Jaime Nunes Mendes)
O desafio de conquistar a Pátria para Cristo é para quem tem coragem de oferecer a sua vida, como oferta de amor, a fim de que outros o recebam.
É o plano de Deus (Gn 3:15)
É a ordem de Jesus (Mc 16:15)
É a obra do Espírito Santo (At 1:8)
É o dever da igreja (Mt 28:20)
É a responsabilidade de cada cristão
Outros significados :
Missão - (latim missio, -onis, envio)s. f.
1. Ato de enviar ou de ser enviado.
2. Encargo, incumbência, desempenho de um dever.
3. Negociação diplomática.
4. Relig. catól. Sermão ou série de sermões destinados a avivar a fé.
5. Local onde se estabelecem missionários.
6. Os missionários.
7. A pregação dos missionários.
8. Estabelecimento de missionários.
9. Compromisso, dever imposto ou contraído, obrigação.
Missão é um gesto que todas as pessoas tem para completar, seja ajudar os pobres ou outras missões;Encargo dado por Deus ou ordem de superior a alguém, para realizar uma pregação ou executar um serviço.
Obra de catequização. Trabalho heróico que uma pessoa atribui a si mesma.
1- Deus vai Sempre ser o Missionário por Excelência
A missão vai ter sempre o seu início naquele que é o missionário por excelência, o próprio Deus. Neste caso, precisamos entender com clareza que “a missão é anterior ao povo de Israel e a Igreja; ela começou com Deus em sua interação de Criador e com o seu amor” . A missão nasce então, do envolvimento de Deus com sua criação, trata-se de um envolvimento profundo, um envolvimento de amor cuja finalidade é a promoção do ser humano. O que deve mover o ardor missionário e com ele a evangelização, não é o desejo de encher a igreja de membros, mas o amor pelas almas associado ao desejo de promovê-las. Isto é, elevar seu nível e qualidade de vida. Trata-se aqui de pensarmos em missão num sentido integral, cuja finalidade é a promoção total do ser humano, envolvendo-o e transformando-o no âmbito religioso, social, político, étnico e ético.
Quando analisamos a Palavra de Deus, nela nós percebemos que o primeiro gesto missionário de Deus aconteceu na criação. Depois de ter criado todas as coisas através da Palavra. Deus decide criar o ser humano. Mas esta criação se dá de forma especial.
O texto bíblico nos diz: “façamos o homem...” (Gn 1. 27). Este ser humano foi feito. Não de qualquer forma, mas muito bem trabalhado... À imagem de Deus... Ao criar o ser humano, de forma única e especial, do barro, Deus estava envolvendo-se com ele no sentido de promovê-lo. Na criação, Deus tem suas mãos envolvidas pela humanidade e a humanidade é envolvida pelas mãos de Deus. Paulo também utiliza uma expressão que é interessante no grego: “Pois somos feitura dele...” poiema (feitura) trata-se de uma palavra bem sugestiva, que nos remete a um tipo de criação realizada num momento de profundo amor ou inspiração, quase um poema.
Participar da missão significa participar ao lado de Deus de sua intenção de promover e amar o ser humano. Neste sentido, a missão da Igreja e ao seu lado a evangelização, vão ser sempre um movimento voltado para a promoção da vida e da dignidade do ser humano no seu mais alto nível.
Neste caso, a evangelização não acontece apenas no âmbito pessoal, individual, mas ela alcança:
- A cultura;
- A política;
- A ética e a moral.
A Igreja é conclamada por Jesus a ser sal a luz no “mundo”. Ela é desafiada a transformar não somente as pessoas, mas o meio em que a Igreja e cada pessoa está inserida.
2 - Participar da Missão Implica num Despertamento e num Encontro com o Deus Missionário
Nós poderíamos dividir a vida de Moisés em três fases importantes:
1ª fase: seu nascimento e criação no Egito;
2ª fase: descoberta de sua identidade israelita, a morte do Egípcio e a fuga para o deserto de Mídiã, ali ele vive por aproximadamente 40 anos;
3ª fase: o encontro com Javé e o envolvimento no projeto de libertação do povo (Êxodo)
Gostaria de chamar a atenção de todos para a 2ª e 3ª fase da vida de Moisés.
A descoberta da identidade Israelita de Moisés
Moisés é o grande líder de Israel, e o movimento liderado por ele, o Êxodo, constitui-se na base de toda a formação teológica do povo de Israel.
Após uns 40 anos de vida, sob o cuidado da realeza egípcia, Moisés descobre que é um filho adotado, e que o seu verdadeiro povo era o povo que estava sendo oprimido ali no Egito. Os israelitas eram seus verdadeiros irmãos e irmãs, gente de sua gente... Esta descoberta o fez sentir algo diferente, a ponto dele levantar-se contra um dos soldados de faraó e mata-lo (Ex 2. 11-12) para defender um israelita. O envolvimento missionário surge quando descobrimos que o outro é gente de nossa gente.
O relato diz que o feito foi descoberto, Moisés foge para Midiã e ali fica cerca de 40 anos. Durante todo esse tempo Moisés não se lembrou ou não se preocupou com a situação do seu povo. Entretanto, tudo mudou em sua vida a partir do momento em que ele teve seu despertamento através do encontro com Javé. Foi justamente a partir do seu encontro com Deus que Moisés aceita o desafio e se envolve plenamente com a Missão. Moisés nos ensina duas lições:
- Envolvimento com a missão sem envolvimento com Deus não perdura: Acho que a grande dificuldade da Igreja e de muitos em diversos momentos reside nesta questão. Nós descobrimos que aqueles que estão oprimidos são nossos irmãos e irmãs, ficamos revoltados e interessados em ajudar, nos envolvemos por um breve momento. Mas em meio aos desafios fugimos nos acomodamos e nos esquecemos. Nesta fase de sua vida Moisés ainda não conhecia a Javé.
- Participar plenamente da missão implica num encontro com Javé: Foi no encontro com Deus que Moisés se envolveu definitivamente com a missão. Foi no diálogo com Javé que Moisés redescobriu que o seu povo ficara no Egito. E que era preciso retornar e participar do movimento de libertação do povo.
3- A Missão Exige Envolvimento Pleno
Não é possível fazer missão sem se envolver plenamente na missão. Moisés teve de voltar para o Egito. Ele não podia fazer missão em Midiã. Nós nos enganamos quando pensamos que é possível fazer missão sem sair da Igreja. A missão, e associada a ela, a evangelização deve acontecer onde o povo oprimido está. A missão não acontece dentro da Igreja, mas no mundo. No lugar onde o povo oprimido levanta o seu clamor.
Este tipo de envolvimento pleno é-nos demonstrado pelo próprio Deus:
- No ato da criação: ao moldar o ser humano no barro: Deus se mistura à nossa humanidade e a nossa humanidade se mistura com Deus; Esta mistura ganha seu ápice na Encarnação do Verbo ( Jesus);
- Nos verbos apresentados a Moisés: Eu vi a aflição do meu povo; Eu ouvi o seu clamor; Eu desci pra livrá-lo da mão dos seus exatores.
Sem um envolvimento pleno não há possibilidade da realização da missão. E nós devemos ter em mente que, em primeiro lugar, este envolvimento pleno parte do próprio Deus. E o nosso envolvimento é motivado pela certeza que Deus já está envolvido no projeto de libertação do ser humano; Ele desceu para promover o livramento, ou à luz do Evangelho de João: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós...” (Jo 1. 14). O Deus da Bíblia vai ser sempre conhecido como uma presença viva “Eu estou porque Estou” (Ex 3. 14).
A Igreja precisa redescobrir o Deus do Êxodo (Javé) e o Deus Encarnado (Jesus). Algo que tem me preocupado muito nos últimos dias, especialmente refletindo mais sobre a missão e a evangelização, é o fato de que uma boa parte da teologia que é pregada, ensinada e cantada em nossas comunidades de fé fala ou transmite a idéia de um Deus puramente transcendente.
Embora a transcendência seja sempre um elemento característico de Deus. O apóstolo Paulo canta esta inacessibilidade profunda em sua carta aos Romanos: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos”(Rm 11. 33). É preciso termos em mente que este Deus inacessível em sua transcendência se fez carne e habitou entre nós. Ele assumiu nossa humanidade para nos revestir de sua divindade.
Ficar preso ou enfatizar apenas a transcendência de Deus em muitos casos significa tirar Deus do nosso meio e aprisioná-lo no céu. É muito bom cantarmos com a Ana Paula Valadão: “Quero subir, ao monte santo de Sião e entoar um novo cântico ao meu Deus”. Mas também é preciso cantar: Quero descer do monte santo de Sião e encontrar o povo do Senhor... No Egito. Porque Javé ouviu o seu clamor e desceu do monte de Sião para livrá-lo da mão dos seus exatores.
Este tipo de teologia que nos tem sido ensinada é comodista e não reflete a vontade e o desejo de Deus. O encontro com o Senhor no monte é necessário, mas para nos revelar que Javé é aquele que desce, e nos chama para descermos com ele: “Vem, agora, e eu te enviarei a faraó... Eu serei contigo...” (Ex 3. 10a e 12b). O Deus da Bíblia vai ser sempre uma presença viva. E esta presença vai sempre motivar o ser humano à missão.
A verdadeira missão/evangelização deve obedecer à dinâmica da ação instituída por Deus:
- Eu vi a aflição do meu povo: na experiência do Êxodo, Deus nos mostra como deve acontecer a missão. Ela nasce em primeiro lugar da percepção. “Eu vi a aflição...” Sem percepção não há missão. Se a igreja não ver as situações de sofrimento e se estas situações não incomodar seu coração, ela nunca irá fazer missão.
- Eu ouvi o seu clamor: a missão é desenvolvida não sobre os interesses da Igreja, mas em torno das necessidades do ser humano. “Eu ouvi o seu clamor...” acima de tudo, a igreja precisa entender qual é o clamor do mundo, do país, da cidade, do bairro. É em torno do clamor do ser humano que nós devemos levar a mensagem de libertação e salvação. No Egito, o povo clamava por libertação, por dignidade, e foi em torno desta necessidade que Moisés e Arão proclamaram as palavras de Javé. Não é à toa que Jesus ao proferir seu primeiro discurso na Galiléia disse: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça; bem-aventurados os que choram etc. Ele estava falando para um povo que necessitava de tudo isso. É em torno do clamor do ser humano que nós devemos desenvolver a nossa mensagem na missão, porque se a nossa mensagem não for de encontro com a necessidade deste povo, ele não nos ouvirá nem participará conosco do projeto/processo de libertação. “Aqueles(as) que se dispuseram a pregar e testificar ouviram não apenas o chamado de Deus, mas, também o clamor do povo”.
- Eu desci para livrá-lo: Este é o principal gesto, o mais significativo, Deus não vê de longe, nem tão pouco ouve ou fala de longe, Ele se aproxima e faz com que seus enviados (Moisés e Arão) se aproximem também. A missão acontece no Egito, e não em Midiã. É preciso sair do comodismo e do aconchego de Midiã e ir para o Egito. A Igreja só vai aprender a fazer missão quando ela sair de dentro de si e envolver-se na lama daqueles que amassam o barro dos tijolos do sofrimento e da dor impostos pelo sistema de Faraó. Neste sentido, o projeto missionário da igreja deve nascer não dentro dela, mas dentro da realidade da comunidade que ela quer alcançar.
A Igreja Metodista tem uma dinâmica de pensamento muito parecida com o que acabamos de mencionar. Tudo na vida da Igreja Metodista é analisado sob os verbos: ver, julgar e agir. Esta premissa não foge do projeto estabelecido por Deus: ver, ouvir (para julgar entender) descer (envolver-se, agir).
4- O Objetivo da Missão é Implantar o Reino de Deus
Agora podemos definir o que é missão:
“Nosso Deus é um Deus missionário, e sua missão é implantar o seu Reino na terra.” .
Tanto no Antigo Testamento, quanto no Novo Testamento, a intenção do coração de Deus, do começo até o fim dos tempos é Salvar o Mundo. Neste sentido, a razão da existência da Igreja, ou tudo o que ela pensa e faz deve girar em torno da missão de Deus.
A evangelização deve obedecer a este princípio maior e motor. A mensagem proclamada na evangelização deve refletir o projeto missionário de Deus: Implantar o Reino. Neste caso, o Reino de Deus é maior do que a Igreja, especialmente a Igreja Metodista. Assim, “a finalidade da Missão não é angariar discípulos. Fazer discípulos significa preparar os homens que reconhecem a ação de Deus afim de que eles participem da Missão”.
O objetivo da Missão é implantar o Reino de Deus. O objetivo do discipulado é capacitar e equipar aqueles que entenderam o objetivo da missão e desejam participar dela. A missão exige envolvimento com o ser humano e a denúncia do sistema teológico/ideológico/social que o oprime.
A implantação do Reino de Deus torna-se então sinônimo de missão. Quando falamos do Reino, falamos em primeiro lugar de justiça, dignidade e restauração da vida. O que despertou o desejo e o interesse do povo de aderir ao movimento instituído por Moisés foi a promessa da restauração da dignidade e da justiça na vida doe todos, representada pela presença de Javé e pela promessa de saída do Egito.
Qual a diferença de Missões e Evangelismo?
Os dois não são a mesma coisa? A resposta é Não. Evangelizar no Brasil e evangelizar na África onde você não sabe o idioma, não conhece a cultura. Com base a esta pergunta podemos definir missões, estudando a profundidade de Atos 1:8
Fonte de Pesquisa :
http://paixaopormissao.blogspot.com.br/2010/08/o-que-e-missoes.html
http://www.dicionarioinformal.com.br/miss%C3%A3o/
http://www.metodista.br/fateo/ex-alunos/o-que-e-missao/
Evangelismo
JERUSALÉM: É a nossa área local o meio aonde vivemos (Evangelismo).
Missões
JUDÉIA E SAMARIA: Se refere a nosso país, que é além de nossa igreja local.
OS CONFINS DA TERRA: é exatamente, os lugares além dos limites do nosso país. O que é além de Jerusalém é consideramos missões.
Fonte de Pesquisa :
http://paixaopormissao.blogspot.com.br/2010/08/o-que-e-missoes.html
http://www.dicionarioinformal.com.br/miss%C3%A3o/
http://www.metodista.br/fateo/ex-alunos/o-que-e-missao/
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