ANO LITÚRGICO
No decorrer do ano, a Santa Igreja comemora em dias determinados a obra salvífica de Cristo. Cada semana, no dia chamado Domingo (dia do Senhor), ela recorda a ressurreição do Senhor, que
celebra também, uma vez por ano, com a bem-aventurada Paixão na solenidade máxima da Páscoa.
Durante o ciclo anual desenvolve-se todo o mistério de Cristo e comemoram-se os aniversários dos Santos.
Ao centro de uma grande mesa com doze pães e um cálice. Lembra a última Ceia de Jesus com os o doze Apóstolos. Ao fundo sobressai uma cruz.
Mesa e cruz: é a Missa renovação da Ceia e do mistério da cruz que nos trouxe a nova vida pela morte e ressurreição do Senhor.
O Altar é por excelência o lugar onde se renova o mistério da presença de Cristo no Tempo, e esta se manifesta progressivamente. Sua entrada no mundo é preparada durante séculos de ansiosa expectativa: o
Advento, realizando-se no Natal e manifestando-se na Epifania e no Batismo do Senhor. Segue-se um período de vivência dos mistérios celebrados no ciclo do Natal (Tempo Comum) e entramos no período de quarenta dias - a Quaresma – vividos em penitência em oração como preparação como maior evento da história da salvação.
“Como Cristo realizou a obra da Redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, principalmente pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida, o sagrado Tríduo Pascal (Ceia, Paixão e Morte, Vigília Pascal) resplandece como ápice de todo o ano litúrgico” (Sacrosanctum Concilium nº5), culminando na maior de todas as solenidades: a Páscoa da Ressurreição.
Os Cinqüenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o de Pentecostes são celebrados com alegria e exultação como se fosse um só dia de festa com seis oitavas, ou melhor, como um único longo Domingo.
Além do Ciclo do Natal e do Ciclo da Páscoa, sobram trinta e três ou trinta e quatro semanas no ciclo anual em que não se celebra nenhum aspecto peculiar do mistério de Cristo; antes se comemora,
na sua plenitude, esse mesmo mistério de Cristo, de modo especial aos Domingos. Este mesmo
período designa-se Tempo Comum ou Ordinário.
Assim cada dia do ano está enquadrado no plano divino, é um instante da eternidade que deixa um sinal (o dia ) no Tempo, o que permite dizer-se que cada Domingo (dies Domini = Dia do Senhor) é uma Páscoa
Semanal.
Na periferia do ciclo litúrgico, “as festas dos santos proclamam as maravilhas de Cristo nos seus servos e oferecem aos fiéis oportunos exemplos a serem ilimitados” (SC nº11), sobressaindo as festas
da Virgem Mãe de Deus, e a seguir, as dos Apóstolos e Evangelistas, dos Mártires, Pastores, Doutores,
Virgens, Santos e Santas.
Veja mais abaixo mais informações sobre ano litúrgico (os dias, o Domingo, as solenidades, festas e memórias) e algo mais detalhado sobre o Ciclo anual com os Tempos fortes do ano litúrgico:
OS DIAS LITÚRGICOS
1.1.. --- O DIA LITÚRGICO EM GERAL DIA LITÚRGICO EM GERAL
Todos os dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do Povo de Deus, principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pelo Ofício Divino.
O dia litúrgico se estende de meia-noite a meia-noite. A celebração do Domingo e das solenidades, porém, começa com as vésperas do dia precedente.
1.2.. --- O DOMINGO
No primeiro dia de cada semana, que é chamado dia do Senhor ou Domingo, a Igreja, por tradição apostólica que tem origem no próprio dia da Ressurreição de Cristo, celebra o mistério pascal.
Por isso, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa.
Por causa de sua especial importância, o Domingo só cede sua celebração às solenidades e festas do Senhor.
1.3.. --- AS SOLENIDADES S SOLENIDADES,,, FESTAS E MEMÓRIAS
No ciclo anual, a Igreja, celebrando o mistério de Cristo, venera também com particular amor a Santa Virgem Maria, Mãe de Deus, e propõe à piedade dos fiéis as memórias dos santos Mártires e outros Santos.
As celebrações, que se distinguem segundo sua importância, são denominadas: solenidade, festa e memória.
As solenidades são constituídas pelos dias mais importantes, cuja celebração começa no dia precedente com as Primeiras Vésperas. Algumas solenidades são também enriquecidas com uma Missa p
rópria para a Vigília, que deve ser usada na Véspera quando houver Missa vespertina.
A celebração das duas maiores solenidades, Páscoa e Natal, prolonga-sepor oito dias seguidos. Ambas as Oitavas são regidas por leis próprias.
O CICLO ANUAL
Através do ciclo anual a Igreja comemora todo o mistério de Cristo, da encarnação ao dia de Pentecostes e à vinda do Senhor.
O TRÍDUO PASCAL
O sagrado Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor resplandece como ápice de todo o ano litúrgico.
O Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a Missa vespertina na Ceia do Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.
Na Sexta-feira da Paixão do Senhor, observe-se por toda a parte o sagrado jejum pascal. E, onde for oportuno, também no Sábado Santo até a Vigília pascal.
A Vigília pascal, na noite santa em que o Senhor ressuscitou, seja considerada a “mãe de todas as vigílias”, na qual a Igreja espera, velando, a Ressurreição de Cristo, e a celebra nos sacramentos. Portanto, toda a celebração desta sagrada vigília deve realizar-se à noite, de tal modo que comece depois do anoitecer ou termine antes da aurora do Domingo.
TEMPO PASCAL
Os cinqüenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como um grande Domingo”.
É principalmente nesses dias que se canta o Aleluia. O Domingo de pentecostes encerra este Tempo sagrado de cinqüenta dias.
Os oito primeiros dias do Tempo pascal formam a oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor. No quadragésimo dia depois da Páscoa celebra-se a Ascensão do Senhor.
QUARESMA
O Tempo da Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa; a liturgia quaresmal, com efeito, dispõe para a celebração do mistério pascal tanto os catecúmenos, pelos diversos graus de iniciação cristã, como os fiéis, pela comemoração do batismo e penitência.
O Tempo da Quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia do Senhor exclusive.
Do início da Quaresma até a Vigília pascal não se diz o Aleluia.
Na Quarta-feira de abertura da Quaresma, que é por toda a parte dia de jejum, faz-se a imposição das cinzas.
Os Domingos deste Tempo são 1º,2º,3º,4º e 5º Domingos da Quaresma. O 6º Domingo, com qual se inicia a Semana Santa, é chamado “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”.
A Semana Santa visa recordar a Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em Jerusalém.
Pela manhã da Quinta-feira da Semana Santa, o Bispo, presidindo a Missa concelebrada com seu presbitério, benze os santos óleos e consagra o
crisma.
NATAL
A Igreja nada considera mais venerável, após a celebração anual do mistério da Páscoa, do que comemorar o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, o que se realiza no Tempo do Natal.
O Tempo do Natal vai das Primeiras Vésperas do Natal do Senhor ao Domingo depois da Epifania ou ao Domingo depois do dia 6 de janeiro inclusive.
O Natal do Senhor tem a sua oitava organizada do seguinte modo:
a) no Domingo dentro da oitava, ou, em falta dele, no dia 30 de dezembro, celebra-se a festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José;
b) no dia 26 de dezembro, celebra-se a festa de Santo Estevão, Protomártir;
c) no dia 27 de dezembro, celebra-se a festa de São João, Apóstolo e Evangelista;
d) no dia 28 de dezembro, celebra-se a festa dos Santo s Inocentes;
e) no dia 29,30 e 31 são dias dentro da oitava;
o restante está apostila ...
http://www.presbiteros.com.br/site/wp-content/uploads/2009/08/manualdoacolitoatual.pdf
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